O Ponto de Cultura Costurando Sonhos, com sede na Cooperativa Vitivinícola em Forqueta, está resgatando a arte da dressa, espécie de trança feita com palha de trigo comum na imigração italiana da Serra para confecção de chapéus e cestos, com ajuda de Gema Dal Cero, 67 anos, Rosalina Tumelero, 68, Onilda Zanco, 59, Ana Tumelero, 67, e Agda Comin, 65. A ideia é em breve criar um produto diferenciado usando a trança. Os encontros ocorrem uma vez por mês:
- Nunca vou deixar de fazer. Além do dinheirinho extra, é uma homenagem a minha nona e à bisa - destaca Dona Gema, que faz as vezes de professora do grupo.
O risco de extinção da arte de fazer a dressa é tema do trabalho de conclusão de curso da pós-graduação em artes visuais, fotografia, desenho, pintura e gravura, na UCS, de Miriam Cardoso de Souza. Natural de Uruguaiana, veio para Caxias do Sul há 25 anos para estudar. Na cidade, casou e criou seus filhos. E durante os estudos de pós, encontrou uma forma de contribuir para a cultura e história do município:
- Conheci este trabalho pela Dona Gema que, dentro da cultura, da imigração italiana, todo mundo conhece. Começou como um trabalho do módulo de Patrimônio Cultural e Material. O foco é este saber fazer, que está em extinção. Por isso decidi fazer o meu TCC. Eu não sou de Caxias, mas esta será a minha contribuição para Caxias e a cultura italiana. Por registros fotográficos, pretendo motivar as pessoas.
Confira a matéria completa na edição impressa deste final de semana.
Herança italiana
Cinco nonas mantêm viva a arte da dressa em Forqueta, em Caxias
Oficina do Ponto de Cultura Costurando Sonhos valoriza a trança feita com palha de trigo
Leonardo Lopes
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