É com a ajuda de centenas de voluntários que a tradicional Romaria de Nossa Senhora de Caravaggio ocorre há mais de 130 edições. Além de doarem tempo e energia para a festa, esses trabalhadores também ajudam a arrecadar recursos que retornam em forma de benefícios para a própria comunidade. Nessa turma está Fernande Monego, 49 anos, natural de Flores da Cunha e morador de Farroupilha há 35. Há pelo menos 20 anos ele participa como voluntário no restaurante sob a sala das confissões, onde são vendidos entre 1,8 mil e 2 mil refeições por dia.
- Venho rigorosamente todo dia a Caravaggio. Mesmo que não tenha compromisso, faço questão de passar aqui. Assim, fui conhecendo o pessoal e acabei convidado a participar como voluntário - afirma.
No restaurante, Monego é responsável por organizar a entrada e saída, o salão e fazer a cobrança dos ingressos. Ele é um dos primeiros a chegar, por volta das 6h. Ao meio-dia, já estão prontos os espetos de churrasco, galeto, massa, salada de maionese e doces.
- Tem gente para fazer tudo, desde a comida até a limpeza da louça e do chão. No total, o grupo tem umas 80 pessoas. Todo mundo faz isso sem receber nada em troca - afirma.
De acordo com o reitor do Santuário de Caravaggio, padre Gilnei Fronza, o dinheiro obtido com a venda dos artigos religiosos, com os almoços ou mesmo as doações dos fiéis são usados na manutenção e limpeza do Santuário, além do pagamento com funcionários. Em seu primeiro ano como reitor, Fronza também explica que os recursos poderão ajudar na realização de obras futuras no templo.
- Com apoio de arquitetos da prefeitura de Farroupilha e da Mitra, vamos fazer o Plano Diretor do Santuário. Esse estudo vai pensar o prédio para os próximos 10 anos, analisar como podem ser feitas ampliações. Além disso, estamos investindo na comunicação, com a rede de internet wi-fi que já está funcionando para esta romaria, implantação de rádio web e web TV, melhorias no nosso site e a criação de uma revista do Santuário. E para que esses projetos possam ser feitos, naturalmente é preciso de dinheiro - explica Fronza.
Leia reportagem completa na edição do Pioneiro desta quinta-feira.
Religião
Romaria de Caravaggio, em Farroupilha, cresce com a ajuda de voluntários
Anônimos doam tempo e disposição para a festa e, de quebra, arrecadam recursos que são investidos na própria comunidade
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