Aproveitar o espaço que já existe é a ideia da prefeitura para otimizar os sepultamentos em Caxias do Sul. As gavetas são desocupadas de cinco em cinco anos, procedimento previsto em lei municipal. A cada mês, conforme o titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Adivandro Rech, é necessário liberar de 30 a 40 gavetas. Mesmo assim, Caxias se encaminha para um problema vivenciado em metrópoles: falta lugar para enterrar os mortos. Assim, está prevista para daqui dois meses a construção de mais carneiras nos dois cemitérios públicos da cidade.
Conforme Rech, no Municipal serão entre 250 a 300 gavetas extras. Elas serão erguidas próximo à sepultura da menina conhecida como Ciganinha, a quem alguns atribuem graças. O secretário salienta que não haverá alterações nesta cova. No outro cemitério público da cidade, o Rosário II, o número de novas gavetas passará de 500. Segundo Rech, são obras simples e rápidas. Os projetos já foram entregues à Secretaria do Planejamento.
- É um processo delicado, há muito sentimento envolvido. Se a família se apresenta e nos pede mais tempo para encontrar outro lugar, permitimos, sem problemas. Nenhuma sepultura será aberta sem que os familiares tenham recebido notificação - assegura Rech.
A construção de um novo cemitério público na cidade está descartada.
- Se formos fazer cemitério para todo mundo que morre, vai faltar espaço na cidade. Por isso, gerenciamos os lugares já existentes - explica.
Recentemente, Lírio Cenci acompanhou a remoção dos restos mortais do cunhado, Antonio Geraldo de Souza, morto em agosto de 1991. Ele saiu com os restos mortais em um saco plástico e levou para Santa Catarina.
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