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O 1º de abril pregou enorme peça no prefeito Décio Antônio Colla (PT): a mensagem de celular que o informaria do fim do mundo não chegou. O prefeito, porém, segue prudente em relação às modificações cósmicas que podem, diz ele, ter impacto na superfície terrestre. Em março, ele sugeriu aos moradores da cidade que estocassem mantimentos para garantir a sobrevivência em condições climatológicas adversas. A sugestão acabou causando comoção. O anunciado desastre de 1º de abril, segundo ele, não passou de um mal-entendido.
- O que vai acontecer é um alinhamento do sistema planetário ao Sol. A Terra não tem se comportado como anteriormente, e mais coisas vão acontecendo, como erupções vulcânicas. Nunca disse que o mundo iria acabar - justifica.
Desde a divulgação da informação pelo chefe do Executivo, no mês passado, ele recebeu ligações dos Estados Unidos, Ucrânia, Nova Zelândia, atendeu a uma numeróloga de São Paulo e viu a cidade receber esotéricos do mundo todo. Poderia ter sido uma ação de marketing para projetar a cidade serrana, mas não foi, garante. Além de polo energético, São Francisco de Paula, por estar a 907 metros acima do nível do mar, estaria protegida de tragédias como um tsunami.
Para estar informado, Colla monitora, pelo celular, informações sobre o movimento da Terra em tempo real, divulgadas pelo site Painel Global (www.painelglobal.com.br). O que poderia preocupá-lo seria algum fenômeno entre o Brasil e a África, por causa das placas tectônicas que colocariam em risco o litoral brasileiro.
Colla sugere às pessoas que tenham o básico para sobreviver em situação de emergência. Arroz, feijão, água e combustível garantiriam a paz e a "ordem social" em caso de catástrofe. Não que ele pense nela.
- Sei que estou pagando mico. Sou pai, médico e prefeito, tenho a obrigação de ser proativo. Por que não interessa aos governos prevenir tragédias? Porque é muito caro. Barato é abrir valas e enterrar os mortos - provoca.
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