Em abril passado, quando imagens do sistema de vigilância da Penitenciária Regional de Caxias (Percs) mostrando agentes penitenciários agredindo presos vazaram, o governo do Estado saiu em defesa de seus servidores.
O Estado alegou se tratarem de fatos isolados no sistema carcerário. No entanto, 11 meses de investigações da Promotoria Especializada Criminal do Ministério Público (MP) revelaram que as torturas não eram exceção, e sim uma regra na Percs e também na Penitenciária Industrial de Caxias (Pics). De acordo com a denúncia, 35 agentes e três detentos formaram uma quadrilha para torturar presos e acobertar a violência.
Veja as imagens da agressão aos presos
Entre os denunciados então agentes que ocupavam cargos de chefia e de confiança na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Todos os servidores estavam lotados ou eram diaristas na Percs e na Pics entre 2008 e 2010.
Durante esses dois anos, os agentes, de acordo com a denúncia assinada por 12 promotores de Justiça, produziram documentos falsos e os encaminhavam ao Judiciário e à Polícia Civil. Com os documentos, os agentes conseguiram evitar qualquer suspeita sobre as torturas físicas e psicológicas que estariam praticando nas prisões.
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