A reunião dos conselheiros que pode ter iniciado uma nova fase na história do Caxias iniciou por volta das 18h15min de segunda-feira (14), no Salão Nobre João Prataviera. E depois de duas horas, o clube oficialmente abriu as portas do Estádio Centenário para a vinda de uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), no futuro.
Num primeiro momento, o plano "Conselheiro Fiel" foi apresentado no encontro. O projeto visa que o membro do conselho, especialmente os empresários, que decidirem apoiar financeiramente o clube, possam ter uma cota de participação que poderá se tornar o maior patrocínio do clube. Segundo o presidente do conselho, Luciano Marini, 12 cotas foram vendidas e a meta é chegar a 100.
Na sequência, por volta das 18h35min, iniciou a principal pauta da noite. No estacionamento do Centenário haviam mais de 70 veículos. O termo SAF chamou tanta a atenção que o clube registrou a maior participação de conselheiros na história: foram 113 participantes na reunião, de um total de 205.
Após duas horas de explanação e debate em torno do que uma eventual parceria representaria ao clube, 111 conselheiros aprovaram a possibilidade de constituição de uma parceria, mas com a condição da negociação não envolver o patrimônio do clube. Seja a estrutura do Estádio Centenário, Centro de Treinamentos, cores e hino do clube, por exemplo.
— Se no futuro isso acontecer, será uma situação que provavelmente não tem volta, e nós seremos responsáveis por isso, junto com o grupo gestor. Temos que ter um cuidado muito grande, e de fato, logo após a apresentação da SAF, a gente abriu para perguntas, e a principal questão foi a do patrimônio. E já está decidido que a modalidade que o Caxias teria de SAF é a que não envolva o patrimônio — apontou Marini.
Conselheiros satisfeitos
Era nítido no semblante de cada conselheiro a satisfação pela aprovação da ideia da SAF. Apenas dois votos foram contrários a uma eventual parceria.
Um dos primeiros a deixar o encontro foi o empresário Neco Argenta, que investe há algum tempo no clube, ajudando com que as finanças grenás estejam em dia.
— Foi quase uma votação por unanimidade, para o Caxias entender essa questão da SAF. É importante pra avaliarmos melhor. Não tem nada definido ainda, mas é uma caminhada e toda ela tem um começo, e esse foi o começo — destacou Argenta.
Fisioterapeuta e ex-gerente de futebol na gestão de Mario Werlang, João Corrêa também comemorou a aprovação da ideia no conselho.
— Acredito que os próximos meses serão de trabalho ao Caxias e, de repente, apareça um investidor que consiga dar um aporte maior no futebol pra alcançarmos nossos objetivos e sermos cada vez mais fortes — apontou Corrêa.