Chegou a hora de o Caxias do Sul Basquete voltar às quadras pelo NBB. Na 17ª edição do principal campeonato da modalidade no país, o time do técnico Rodrigo Barbosa estreia nesta terça-feira (15), às 19h30min, contra o Fortaleza, na capital cearense. Será o primeiro de dois duelos nesta semana no Nordeste. Na sexta-feira (18), o adversário será a Unifacisa, na Paraíba.
Para voltar aos playoffs, após a decepcionante campanha na temporada passada, a equipe apostará na experiência e qualidade de três jogadores que estão entre os 10 maiores cestinhas da história da liga. O armador Larry Taylor e o ala Shamell, ambos com 44 anos, vão atuar pela primeira vez fora de São Paulo. Já o ala Betinho volta ao time após defender o Caxias em sua primeira participação no NBB.
— Eu tinha acertado com o São José, mas aconteceram alguns problemas e resolvemos trocar os planos. O Caxias logo mostrou interesse e eu precisava de um lugar que me acolhesse. E o clube sempre foi assim comigo. Foi uma decisão muito fácil. Na temporada 2015/16, também tinha saído do São José e o Caxias surgiu como uma oportunidade de recomeço. Foi muito positivo, onde me recoloquei no mercado — relembra Betinho.
No retorno ao Caxias Basquete, o jogador de 36 anos vê a equipe com um projeto consolidado e uma estrutura muito melhor para os atletas. Betinho acredita que a condução de Rodrigo Barbosa foi fundamental para o fortalecimento da modalidade no Rio Grande do Sul.
— O grande mérito é nunca querer dar o passo maior do que a perna. Vejo o projeto evoluindo e hoje ter em um time Shamell e Larry, até para a cidade, para chamar o público, é uma demonstração de que o time está consolidado. Temos três dos maiores cestinhas da história. Não é para qualquer equipe. A gente já não está no nosso auge físico, mas pela experiência e tecnicamente, ainda temos muito a dar — projeta o ala.
EXEMPLO
Na lista dos cestinhas da história do NBB, Shamell lidera. Larry Taylor é o quinto e Betinho está em sétimo. Todos acostumados a grandes jogos e desafios. Porém, em um time repleto de jovens, o mais importante talvez seja traduzir em quadra esse sentimento de não querer perder para ninguém.
— Essa competitividade é o que leva a gente a ter sucesso no nosso meio. Onde posso melhorar? É passar isso pra mulecada. Acredito que seremos uma equipe que joga um basquete solto, até diferente das últimas temporadas. Talvez seja bastante divertido ver a nossa equipe jogar. Temos três grandes pontuadores, o Léo (Cravero) vindo da base, o Isaac, que é muito forte dos dois lados da quadra, o Tom, que joga muito físico. Acho vai ser bem legal de se ver — aposta Betinho.
O campeonato é longo. São 34 partidas na primeira fase. Por isso, cada jogo será importante para entrosar essa nova formação. O primeiro duelo em casa será no dia 23, quarta-feira, contra o União Corinthians.
— A estreia contra o Fortaleza vai ser complicada. É um adversário direto, vamos brigar por posição. E tentaremos ir lá para ganhar dos caras — finalizou Betinho.