Faltou imposição e criatividade para o Juventude. Neste sábado (24), o Verdão enfrentou um Brasil-Pel disposto a competir e, também por isso, os visitantes não conseguiram vencer. O time do técnico Roger Machado conheceu sua terceira derrota no Gauchão. O resultado de 1 a 0, com gol em falha defensiva do lateral-esquerdo Jefferson e do goleiro Lucas Wingert, custou um ponto importante na briga pelo G-4.
O resultado deixou a situação alviverde com sinal de alerta ligado. Na última rodada, o adversário será o Inter, no Estádio Alfredo Jaconi.
— Mais um jogo com a característica de Gauchão. Foi um jogo de muita imposição física, gramado irregular. Um adversário com três defensores, mais três de meio. Nitidamente brigando pela primeira e segunda bolas e pelas bolas longas. Foi um confronto equilibrado nas oportunidades. No final do jogo, não conseguimos defender uma bola longa às costas. Foi um jogo disputado, mas não foi bom tecnicamente. A nossa equipe não conseguiu se impor com a melhor técnica que nós temos — comentou Roger Machado, em entrevista coletiva após o jogo.
O treinador alviverde demorou para mudar o time. A primeira mudança aconteceu somente após os 30 minutos do segundo tempo. Roger Machado optou por tirar Gilberto e colocar Mandaca. Com isso, o ataque ficaria mais móvel. No entanto, a alternativa não surtiu efeito e o Ju saiu derrotado.
— Tentamos buscar uma alternativa, a medida que o adversário já tinha feito suas trocas. Até aquele momento, eu tinha feito ajustes. Era mudar um pouco a característica ao colocar um jogador mais móvel, como o Kleiton. O Mandaca que tem entrado bem e faz um jogo de arrasto mais característico que o jogo estava se desenhado — analisou o treinador.
O rendimento do Juventude preocupa nos últimos quatro jogos. Em 12 pontos disputados, foram somente três somados nos empates diante do Novo Hamburgo, São Luiz e Caxias. A derrota para o Brasil-Pel deixa o Ju com quatro jogos sem vitórias no Gauchão.
— Quando enfrentamos adversários com essa característica. Foi assim no primeiro tempo do clássico e foi assim no jogo contra o Brasil-Pel. A característica de imposição física do adversário impediu o nosso jogo técnico. Nós jogos que nos sobressaímos, o adversário nos deu mais campo. O nosso jogo fluiu com mais naturalidade. Esses dois jogos específicos foram por conta da característica do jogo, que se assemelha mais com o Gauchão do que Brasileiro, mas também vamos enfrentar adversários com esse tipo de perfil. Temos que construir alternativas para esses momentos —lembrou o treinador, que finalizou:
— O clássico e o jogo contra o Brasil mostraram que precisamos evoluir nesse aspecto. Competir, os atletas estão competindo. Eles estão buscando jogar também. A característica do jogo diminui a capacidade coletiva e nossa produção. Nos outros jogos, produzimos mais.