No dia 2 de dezembro de 2012, o estado de Minas Gerais acompanhava atentamente o clássico entre Atlético e Cruzeiro. Do lado do galo estavam em campo o goleiro Victor, o zagueiro Réver e o craque Ronaldinho Gaúcho. Na raposa, o goleiro Fábio, o multicampeão Tinga e o zagueiro Thiago Carvalho, atual técnico do Caxias.
O clássico na Arena Independência era válido pela 38ª Rodada do Campeonato Brasileiro 2012. No ano seguinte, o Cruzeiro viria a ser tricampeão. A partida foi realizada no dia nacional do samba. Contudo, o gingado do craque gaúcho foi parado pelo zagueiro do time comandado por Celso Roth, o Cruzeiro. Em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, Carvalho comentou sobre o jogo histórico. Ele ainda foi o autor do passe para o gol de Everton, na virada do Cruzeiro em 2 a 1.
— Foi espetacular. Não era o Ronaldinho daquela época toda, mas era o Ronaldinho com história. Eu era jogador que estudava muito o adversário, na parte ofensiva. Tinha jogadas que só de ver conseguia eliminar. Fiz dois grandes jogos contra o Atlético. Nesse jogo dei um passe para um gol. Isso é marcante e jogar contra um jogador deste nível é gratificante — contou Thiago Carvalho.
A partida terminou com vitória do galo por 3 a 2. O Atlético era comandado pelo técnico Cuca. Durante o jogo, o atual treinador do Caxias levou um cartão amarelo. O alvo não poderia ser outro.
— O Cartão foi após falta no Ronaldinho, em um pontapé (risos) — brinca Thiago Carvalho.
Na Toca da Raposa, Thiago Carvalho afirma ter vivido os melhores momentos da sua carreira de jogador. Ele destaca o ambiente da época, que contrasta com momento atual do clube na Série B do Brasileiro.
— Foi o melhor momento da minha carreira com Cruzeiro na Série A, eu sendo titular é algo muito grande, jogando contra grandes atletas. Fiquei no primeiro ano como titular e depois no segundo ano a concorrência era Dedé e Bruno Rodrigo. Mas fiquei cinco anos no clube, fui emprestado também. Uma experiência espetacular — comentou o ex-defensor, que elenca alguns treinadores com quem trabalhou em Minas:
— Vagner Mancini, Celso Roth e Marcelo Oliveira. Depois tive um pouco de contato com Luxemburgo. Celso Roth foi com quem mais joguei. Ele me fez treinar muitas coisas, eu era totalmente técnico como zagueiro. Ele gostava de jogadores com mais força, mas tive a oportunidade e não saí mais. Ele foi dando confiança e fiz uma grande Série A — finalizou.
Naquele ano, Carvalho atuou em 22 jogos. Em apenas um duelo ele saiu antes dos 90 minutos, foi contra o a Portuguesa, na vitória por 2 a 0. O zagueiro levou 12 cartões amarelos na época, mas não foi expulso. Ele ainda tem um gol com a camisa da raposa, contra a Chapecoense, pela segunda fase da Copa do Brasil, na vitória por 4 a 1. O jogador marcou aos 44 da etapa inicial.