A busca do Juventude pela sua primeira vitória no Brasileirão 2022 segue neste domingo (8), contra o Inter, no único clássico gaúcho da Série A nesse ano. A partir das 19h, no Estádio Alfredo Jaconi, a equipe alviverde tentará deixar o quase para trás e garantir o triunfo em seus domínios.
Um dos pontos para reverter esse cenário está na atitude da equipe quando as oportunidades são criadas. O técnico Eduardo Baptista espera que essa história seja diferente contra o colorado:
— Falo para eles todos os dias, vamos ter duas ou três chances reais, no mínimo, e temos que estar preparado para isso.
Outro fator que interfere na pontuação alviverde na Série A está nos pênaltis cometidos. Algumas bolas bobas e/ou com exageros da arbitragem, impediram que o Papo ganhasse em alguns confrontos. Sem o poder da estratégia para esse momento, Baptista espera que a ação parta dos atletas.
— Não tem muito trabalho tático para isso. Vai fora do setor ofensivo ou defensivo. Tem que estar atento e quando a fase está nessa, tem que esconder as mãos, botar o braço para trás. Nos últimos três jogos, escaparam duas vitórias contra grandes equipes (São Paulo, pela Copa do Brasil, e Botafogo), eram vitórias certas e que não íamos mais tomar gols, estava muito sólido, e o empate contra o Cuiabá — relembrou o treinador sobre cinco pontos que escaparam das mãos alviverdes.
A FORÇA DO RIVAL
Enquanto o Juventude se preparava para o duelo de domingo, o Inter teve um jogo na quinta-feira (5), pela Copa Sul-Americana, contra o Guaireña, no Paraguai. Baptista pode observar mais alguns detalhes do rival e se precaver de algumas armas do rival.
— É um time defensivamente muito forte. Uma primeira linha muito rígida, difícil de ser batida, a parte ofensiva, com um preenchimento de área muito grande. Jogadores em grande momento, o caso do Edenílson, o próprio (de) Pena, que talvez não tenha feito um grande jogo como estava antes, mas é um jogador importante — afirmou Baptista, que também estudou a reação da equipe de Mano Menezes após as substituições em Assunción:
— As entradas do Dourado e do David mudaram o jogo. É um time muito forte, qualificado, independente de quem vier, temos que ter muita atenção, uma marcação forte, mas principalmente colocar aquilo que temos feito de melhor, jogar e ter coragem para jogar, para ter a bola e procurar os espaços que eles podem dar para a gente.
Pela características, o jogo pelas laterais do campo deve ser constante. Enquanto o Juventude aposta bastante em Rodrigo Soares pela direita e tem chegadas consistentes com William Matheus pelo lado esquerdo, o Inter conta com Fabián Bustos forte ofensivamente pela direita e Renê pela canhota, dando inclusive assistência para o gol colorado no Paraguai.
Ainda assim, Baptista vê em outro ponto do Inter o maior perigo.
— Eles têm o jogo muito forte com o Bustos, principalmente. Talvez a entrada do Dourado libere mais o Renê, então se torna um jogo pelos lados. Mas o grande perigo do Internacional está no Edenilson. Nele e no Pena. A bola não pode entrar ali. Pelos lados, temos que ter uma atenção muito grande, é veloz, eles trocam muito rápido de corredor, mas a grande atenção é por dentro — analisou o técnico alviverde, rasgando elogios ao camisa 8 colorado:
— O Edenilson vive um grande momento. Na posição, é um dos grandes nomes no Campeonato Brasileiro. Um poder de marcação grande, de articulação e de definição, ele entra muito na área.
É um clássico de perigo para o Juventude. Perder o chamado "Juve-Nal" pode colocar em xeque todo o desenvolvimento do estilo de jogo de Eduardo Baptista. No entanto, vencer o Inter em um bom momento pode representar o recomeço ideal para a Papada no Brasileirão.