Com lotação máxima, com 18.413 pessoas, o Alfredo Jaconi pulsou na noite desta terça-feira (30). E o Juventude deu a resposta para a Papada diante do Bragantino, pela 35ª rodada do Brasileirão. Na luta para seguir na Série A, o time do técnico Jair Ventura conquistou o único resultado que interessava: a vitória.
O 1 a 0 não foi fácil, é verdade. Ricardo Bueno abriu o marcador no primeiro tempo, aos 44, mas antes havia desperdiçado um pênalti. No segundo tempo, o Bragantino armou uma verdadeira blitz no campo alviverde, mas o Papo resistiu aos intensos ataques do time paulista.
O que importa é que o Juventude deixou o Z-4 e abriu três pontos para o Bahia, primeiro time que está na faixa dos que caem para a Série B. Na próxima sexta-feira, fora de casa, o desafio alviverde será o Fortaleza, na Arena Castelão. É a chance do Papo dar mais um passo para seguir na elite na próxima temporada. O passo de ontem foi repleto de emoção.
Mesmo com o apoio da Papada, o jogo começou melhor para os visitantes. Aos quatro minutos, Ytalo ajeitou para Praxedes, que foi bloqueado pela defesa alviverde na hora da finalização. O Massa Bruta pressionava nas saídas de bola do Ju e criava dificuldades na criação alviverde.
O Papo só foi arriscar aos 13, quando Castilho arriscou de fora da área e a bola passou por cima do gol de Cleiton. Aos 17, o perigo foi maior. Sorriso cruzou e Dawhan deu um peixinho no contrapé do goleiro rival, mas a bola saiu à direita da meta.
FALHA E REDENÇÃO
A vantagem alviverde poderia vir aos 37. Dois minutos antes, a bola cruzada na área buscava Castilho, mas Jadsom empurrou o jogador do Ju dentro da área. O VAR acionou o árbitro da partida e o pênalti foi marcado. Na cobrança, porém, Ricardo Bueno mandou à esquerda do gol de Cleiton. Apesar da lamentação, o torcedor Jaconero gritou o nome do camisa 9.
O pedido de desculpas de Bueno pelo erro não poderia vir de maneira melhor. Aos 44, Wescley tocou para Michel Macedo, que passou para o centroavante. O jogador dominou e girou para finalizar com a canhota, com a bola batendo no pé da trave esquerda de Cleiton e entrando, com a explosão da Papada e o 1 a 0 ainda no primeiro tempo.
Antes do intervalo, Bueno quase fez um golaço de letra após novo cruzamento de Macedo, mas Cleiton segurou.
Com a vantagem, o segundo tempo começou com o Ju pressionando. Logo aos dois, Jadson recebeu com liberdade, mas não conseguiu fazer o segundo e mandou para fora.
O Bragantino assustou, de fato, aos 16. Luan Cândido cruzou, Ytalo desviou de cabeça, sozinho, e a bola passou rente à meta alviverde.
A blitz do Bragantino no campo do Juventude se armou a partir da metade da segunda etapa. Aos 36, Gabriel Novaes fez jogada pela esquerda e a bola sobrou para Arthur, que finalizou para fora. No minuto seguinte, Helinho fez com que parte do estádio lamentasse o empate. Porém, era apenas impressão pelo ângulo. A finalização do atacante fez com que a bola batesse pelo lado de fora da rede.
Aos 40, a tentativa de Helinho desviou em Hurtado e quase enganou Douglas – o lance foi interrompido por impedimento do jogador do Bragantino.
No último minuto no tempo regulamentar, Ricardo Bueno reclamou de agressão de Aderlan, mas a arbitragem nada marcou. Porém, o tempo parado serviu para controlar o ímpeto do rival. Os sete minutos de acréscimos só serviram para que o Ju se segurasse e a vitória, importantíssima nas pretensões alviverdes, fosse confirmada. Mais uma noite histórica para quem viveu o pulsante Jaconi. Seguir na Série A é uma realidade cada vez mais próxima da equipe alviverde.