Após o bom começo no Campeonato Gaúcho, com duas vitórias e um empate, o Caxias concentra agora os seus esforços na Copa Brasil. A competição nacional proporciona uma visibilidade maior ao clube e, principalmente, um aporte financeiro importante. Na quarta-feira (17), o time grená recebe o Fortaleza, no Estádio Centenário, em busca da classificação para a segunda fase.
— A responsabilidade será sempre a mesma quando estamos vestindo a camisa do Caxias. Envolve tradição, paixão. Por ser um torneio nacional, a visibilidade é grande para o clube. Então, para mim, independente da competição tem que sempre dar o máximo — afirmou o zagueiro Guilherme Mattis.
O regulamento da primeira fase da Copa do Brasil obriga o time mandante vencer para classificar. Assim, o Caxias terá de vencer o Fortaleza, porque o empate serve ao visitante. Nas duas últimas participações do Grená na competição, empatou as duas com times da Série A e foi eliminado. No ano passado, 1 a 1, com o Botafogo. Em 2018, 0 a 0 diante do Athletico-PR.
— São 90 minutos de decisão. Como se fosse uma final de Liberadores, Copa do Mundo, Champions League, esses campeonatos com decisão em jogo único. Para nós o empate não serve. Temos que ter responsabilidade, mas temos que ser ousados por jogar em casa e sabedoria. Não confundir pressa com velocidade — comentou Mattis.
Para buscar a classificação, o Caxias precisa passar por um clube que está na Série A. O investimento do Fortaleza é muito maior que o clube da Serra.
— A Copa do Brasil já demonstrou para nós que nem muito investimento entra em campo. Então, todos tem seus objetivos. Se fosse qualquer outra equipe, nós estaríamos prontos para a decisão. A responsabilidade é um pouco maior para eles por serem de Série A. A hora que a bola rola são 11 contra 11 e a dedicação fará a diferença — analisou o zagueiro.
O grande atrativo da Copa do Brasil são as cotas de participação e classificação. O Caxias já recebe R$ 560 mil pela participação na primeira fase. Se avançar para a segunda etapa da competição, o valor que receberá aumenta para R$ 675 mil.
A Copa do Brasil dá essa possibilidade dos clubes pagarem suas folhas salariais com uma ou duas classificações.
— Não só para o Caxias, mas para todas as equipes que disputam a Copa do Brasil. A remuneração é muito grande, todos sabem disso. A Copa do Brasil dá essa possibilidade dos clubes pagarem suas folhas salariais com uma ou duas classificações. Para nós, o que importa é o respeito da camisa que estamos enfrentando e manter o Caxias em alto nível — disse Mattis.
Solidez defensiva
Se o Caxias precisa marcar gols para conseguir a classificação na Copa do Brasil, também vai necessitar da sua consistência defensiva para encarar um ataque de qualidade do outro lado. E isso a equipe tem demonstrado. Em três jogos no Campeonato Gaúcho, o time grená sofreu apenas dois gols. Ambos aconteceram na vitória por 3 a 2 diante do Aimoré.
— Acredito que vamos ser bastante exigidos pela qualidade do adversário. É um clube de Série A com bons jogadores. Ao mesmo tempo, desse lado tem muita coisa boa. Temos uma defesa bastante consistente. Não é só a linha defensiva que faz parte, mas desde o ataque. A gente tem uma equipe muito forte fisicamente e uma equipe se entrega taticamente — comentou o zagueiro que finalizou respondendo se sistema defensivo do Caxias é o grande ponto forte do time neste início de temporada:
— Acho que sim. Por ter sofrido poucos gols na temporada. Claro que envolve todo um trabalho de todos os jogadores. O dia a dia e o diálogo também são importantes. São vários fatores. Quanto menos gols sofrermos, mais chance de conquistar as vitórias.