Um dos mais aguardados reforços do Juventude para a temporada finalmente está liberado para atuar. O meia Wagner, de 35 anos, teve o nome publicado no BID na terça-feira (8) e nesta quarta-feira falou pela primeira vez como atleta alviverde.
Após um longo período de espera por documentação junto ao seu antigo clube — o Al-Khor, do Catar — o jogador não escondeu a satisfação de vestir a camisa alviverde.
— Muito feliz de estar aqui. Só quero corresponder ao carinho daqueles que torceram para que essa negociação acontecesse — afirmou Wagner, que não fugiu da responsabilidade de poder atuar o quanto antes no time do técnico Pintado:
— Completamente apto para jogar. Acabou que nesses dias em que estivemos correndo atrás da documentação, foi o tempo necessário para que pudesse estar adequando a forma física, fazer trabalho de manutenção, preparação e de reforço muscular. Agora, com tudo pronto, estou à disposição do Pintado, seja para começar, seja para entrar.
Nome especulado em outros clubes do Campeonato Brasileiro da Série B e em equipes da elite nacional, Wagner admitiu que a aproximação com o treinador foi determinante para a escolha de vir para o Estádio Alfredo Jaconi:
— (A negociação foi) Bem fácil, bem tranquila. Foi uma ligação para o Pintado. A gente conversou, sempre olho no olho, sempre direto. Ele expôs para mim como o clube funcionava, como era aqui. E tenho a dizer que tudo que ele falou, estava certo. É um projeto que me agradou bastante. Já conheço ele desde o início da minha carreira, lá no América-MG, quando tinha 19 anos. Tinham clubes interessados de Série A e B, mas nada que me encheu os olhos como foi a proposta do Juventude. Pesou muito ele estar aqui no comando.
Uma das dúvidas que o torcedor alviverde tem está, principalmente, na possibilidade de Wagner atuar junto de Renato Cajá, o outro meia canhoto e experiente do Juventude, que completa 36 anos no próximo dia 15. A expectativa é de que possa haver um revezamento entre os dois na armação do time, pensando na longa temporada que há pela frente e a maratona de jogos. No entanto, citando várias parcerias de sucesso, Wagner não vê problema se Pintado escolher iniciar o confronto com os dois juntos:
— Já atuei em várias outras equipes em que dois meias canhotos jogaram juntos. No Fluminense, joguei com o Conca e o Thiago Neves. No Cruzeiro, jogava o Gil na ponta e eu na meia. No Vasco, estávamos jogando Nenê e eu juntos. Quando a dor de cabeça é boa para o treinador, é tudo que ele quer. Então vamos jogar a bomba para ele. Tudo que tenho que fazer é estar preparado e na hora que entrar em campo estar correspondendo.
Wagner é um reforço de peso para o time que está no G-4 da Série B. Pelas palavras do novo contratado alviverde, ele não está aqui a passeio e nem o clube por acaso na zona de classificação à Série A de 2021. E, pelo que viu em sua chegada, o atleta acredita que pode sonhar alto.
— É uma equipe que vai brigar lá em cima, que sabe da força que tem aqui no Sul, jogando no Alfredo Jaconi. Tem um treinador que comanda muito seriamente a sua equipe, que gosta de marcar forte, de atacar e fazer os gols quando vai à frente. E depois, vendo a entrega dos jogadores no dia a dia, é muito bonito de se ver nos jogos. O respeito que todo mundo tem pelo grupo e pelo comandante. Têm todos os funcionários, que você vê que têm alegria de estar aqui. Tudo isso faz com que você repense quando vai para um clube tomar uma decisão importante que é seguir sua vida lá dentro. Esse projeto que é ser campeão aqui, me conquistou — concluiu Wagner.
Para o jogo contra o Vitória, dia 14, no Estádio Alfredo Jaconi, há possibilidade de que Wagner faça sua estreia. Em oito das nove rodadas da Série B, Renato Cajá atuou em todas, além da partida na Copa do Brasil.