O grená Denner de Oliveira Lopes, 26 anos, é o personagem do Histórias de torcedor nesta semana. O seu primeiro jogo no Centenário foi em 2005. Desde lá, um amor incondicional se moldou e o transformou num presente apaixonado em momentos importantes do clube. Denner começou a torcer para o Caxias pelo incentivo do cunhado Belmiro, que o levava nos jogos junto com os primos também.
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— Ele passava lá em casa e levava eu e o meu outro primo, Felipe, também. E foi ali onde começou, isso desde criança, eu sei que eu tinha 6 ou 7 anos e a gente ia. Depois, na pré-adolescência, adolescência, e depois, quando eu já tinha meus 16 ou 17, comecei a ir sozinho. Então, essa foi a influência que eu tive.
No estádio, costuma assistir na reta da geral com o pessoal da Brasília, do chopp. Entre alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, jogos e campeonatos, muitas lembranças e fatos memoráveis.
— Uma história marcante, que está mais recente na memória é de 2009, Caxias e Guaratinguetá, no Estádio Centenário. Onde nos conseguimos lotar nosso espaço. Alguns falam em mais de 30 mil pessoas. Outros falam em 35 mil. Eu chuto umas 32 mil pessoas aproximadamente. E foi ali que tudo começou para valer. Foi ali que eu vi que era aquilo ali que eu queria — lembrou Denner.
Com o passar dos anos, além de frequentar o Estádio Centenário, Denner acrescentou uma nova rotina ao amor pelo Caxias: viagens pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil para acompanhar o time do coração.
— Viajar, eu não sei quantificar quantas eu já fiz. Porque é desde 2012/13 ali e fora que eu já tinha ido quando era guri, em algumas decisões em Porto Alegre. Mas eu não consigo nem mensurar quantos jogos foram. Mas se tu pegar pelos últimos três anos, vamos botar entorno de umas 18 viagens, 20. Ou até mais, nesses últimos dois anos — relembrou.
Denner esteve presente em um jogo marcado por vários episódios de violência contra os torcedores do Caxias. Uma viagem longa. No ano passado, em Manaus na partida que valia o acesso à Série C. Na Arena da Amazônia completamente lotada, o time grená perdeu a vaga. Mesmo assim, é um momento marcante por toda a distância e logística envolvida para acompanhar a partida.
— O jogo mais marcante, fora de casa, foi para Manaus. São 4 mil quilômetros de Caxias e estávamos lá em cerca de 40/50 torcedores. Os caras lotaram o estádio com 45 mil pessoas. Eles falam 50 mil. E essa viagem foi muito marcante, porque foram só os de fé, como a gente fala. Só a galera que estava sempre junto. E esse foi o mais marcante, porque foram três dias de festa, daqui até lá, a volta com sabor de tristeza, mas foi show de bola.
Sonhado acesso
O Caxias sonha com o acesso à Série C há algumas temporadas. Os torcedores também. Denner acredita que pela manutenção da equipe e do técnico Lacerda que conseguiu o vice-campeonato Gaúcho, nesta temporada pode chegar ao objetivo que é retornar a terceira divisão nacional.
— Quando as coisas se mantêm. Em time que tá ganhando não se mexe, já diz a frase. Então, quando as coisas se mantém, por exemplo, (o elenco) do Gauchão, boa parte se manteve para a Série D. Nós temos uma boa perspectiva para a Série C, para o acesso. Só que tudo é muito disputado, a Série D é um campeonato muito disputado, todo mundo quer subir, ninguém quer estar jogando uma quarta divisão. Mas eu estou bem confiante sim, se manter isso, manter essas estratégias, a gente consegue.
Ouça o especial que foi ao ar no programa Show dos Esportes na Rádio Gaúcha Serra
Perfil de torcedor
Nome completo: Denner de Oliveira Lopes
Idade: 26 anos
Um Jogo marcante do Caxias: Novo Hamburgo 1 (2) x (3) 1 Caxias. Era final do primeiro turno do Gauchão
Um ídolo do Caxias: Delmer, o maior artilheiro do clube
Um gol do Caxias: Gol de empate, marcado pelo Baiano, no jogo contra o Veranópolis, em 2014: Caxias 2x2 Veranópolis. Era quartas de final e fomos para disputa de pênaltis, onde conquistamos a classificação.
Qual o primeiro jogo no estádio? Em 2005: Caxias 1x3 CRB, pela Série B.
Costuma assistir os jogos em que parte do Estádio? Costumo assistir na reta.
Costuma assistir os jogos com quem? Com o pessoal da Brasília, pessoal do chopp. O Ferraro, o Seca, a Adriano, o Fernandinho, o Jorge, essa galera sempre.
