Não há limites geográficos para escolher e amar um time. A distância nunca foi um impeditivo para apoiar o clube do coração. O alviverde Silvio Vitório Bacichetti, 54 anos, é um exemplo disso. O personagem desta semana na Série Histórias de Torcedor, é nascido em Lages, Santa Catarina, ele herdou do pai, Leondino Bacichetti, a paixão pelo Juventude.
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— A minha ligação com o Juventude é desde criança. Meu pai que me ensinou a gostar do Ju, ele torcia para o clube. Então, por eu também não gostar de gremistas e colorados, que são muito chatos, eu aprendi a gostar muito do Juventude — conta.
Antes da pandemia, ele reservava o final de semana para acompanhar o Juventude no Estádio. Junto com o filho, Pedro Lucas Bacichetti, e a esposa, Adriana Bacichetti, eles se dirigiam a Caxias do Sul para apoiar o alviverde.
— Quando jogos são nos sábados, eu sempre vou na sexta, pernoito em Caxias, vou no jogo, e no domingo venho embora com a minha família. Aproveito também para apreciar a boa culinária de Caxias do Sul — explica.
Ao longo de sua vida, ele acompanhou diversos momentos do Juventude e fez questão de passar o amor, que aprendeu com seu pai, para o seu filho, Pedro Lucas, 16 anos.
— Eu também acompanho o Juventude há mais de 30 anos. São 25 anos com muita frequência, porque eu gosto muito de futebol. Então, esse amor pelo Juventude é muito antigo. Tanto é que eu tenho muitas camisas do Juventude, meu filho também sempre entrou em campo nos jogos do Juventude — relembra.
Neste período, sem poder frequentar o estádio, Silvio continua acompanhando o clube pela televisão. No entanto, sente falta da energia da arquibancada:
— Esse ano, eu consegui ir só em dois jogos do Campeonato Gaúcho, logo em seguida já veio a pandemia. Então, estou desde março sem ir para Caxias do Sul, estou acompanhando o Juventude pela televisão, não perco um jogo. Mas é difícil não poder entrar no estádio, comer aquele cachorro-quente, tomar aquele refrigerante e gritar bastante, torcer pelo Juventude. Isso faz uma falta, porque eu gosto muito de futebol.
Como todo torcedor apaixonado, Silvio é otimista em relação ao futuro. Entre suas expectativas, está ver o Juventude novamente entre os times da Elite do futebol brasileiro.
— O Juventude montou um time muito bom, com bons jogadores, mas a Série B é muito competitiva, com grandes times, como Cruzeiro e Vitória. Eu estou ainda muito apreensivo porque são só quatro vagas, mas tenho fé que esse ano o Juventude volta para a Série A, para a gente ver o Juventude, ano que vem, jogar com Vasco e Flamengo, Palmeiras e Corinthians. A expectativa é muito boa e torço muito pelo Juventude e espero que volte logo os jogos presenciais, para a gente retornar a Caxias do Sul — almeja.
Perfil de torcedor:
Nome completo: Silvio Vitório Bacichetti
Idade: 54 anos
Um Jogo marcante do Juventude: O jogo contra o Metropolitano, quando o Juventude retornou da série D para C. Eu, minha esposa e meu filho estávamos no estádio.Um ídolo do Juventude: Laurinho Guerreiro.
Um gol do Juventude: Todos os gols do centroavante Mendes.
Por que torce pelo teu clube? É paixão de criança. Aprendi a gostar porque meu pai torcia para o Juventude.
Qual o primeiro jogo no estádio? Foi em 1985. Juventude x Brasil de Pelotas. Neste dia, um torcedor foi jogar uma maçã no goleiro do Brasil, errou e me acertou nas costas.
Costuma assistir os jogos em que parte do Estádio? Na parte abaixo do pavilhão.
Costuma assistir os jogos com quem? Com o meu filho Pedro Lucas e minha esposa Adriana.
Ouça o Especial no programa Show dos Esportes na Rádio Gaúcha Serra