A última vez que o Caxias chegou tão perto de repetir o título gaúcho de 2000 foi na temporada de 2012. Naquele ano, o Grená também levou o primeiro turno da competição e chegou na decisão contra o Inter, que venceu o returno. Outra coincidência, é que o Caxias também foi eliminado na fase de grupos do segundo turno, assim como nesta temporada.
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Entre o final da participação no segundo turno e a final contra o Inter em 2012, foram 28 dias. Agora, entre o último jogo contra o Ypiranga e o primeiro contra o Grêmio nesta quarta-feira (26), às 21h30min, novamente 28 dias de intervalo.
— Nós ficamos naquela época também um período muito grande sem jogar. E quem olhou a final, não percebeu o ritmo de jogo. Viu um time brioso, que vendeu muito caro aquela final. Mas eu quero que esse ano não se repita. Quero que esse ano a gente entre para vencer. Mas é isso que tento passar para os jogadores, que não podemos nos diminuir para ninguém. Ali dentro são 11 contra 11, ninguém tem mais nada do que ninguém. Está todo mundo igual. Direitos iguais para todos — recorda Lacerda.
Na final em 2012, a primeira partida terminou empatada em 1 a 1, no Centenário. Na volta, no Beira-Rio, o Caxias saiu na frente, com gol do lateral Michel. Mas o colorado virou no segundo tempo, com Sandro Silva e Damião, e ficou com a taça do Gauchão daquele ano. Essa decisão, serve de lição para o Caxias buscar o bicampeonato, agora diante do Grêmio.
— A gente não pode se diminuir, não pode achar que não dá. Já falei várias vezes que um atleta do Inter ou do Grêmio paga, não só a folha do Caxias, mas o que o clube gasta em tudo em um mês. Um atleta deles. Eu já falava isso desde aquela época. Não gosto de comparar muito, porque acabamos perdendo aquela vez, mas o espírito tem que ser o mesmo. Empatamos aqui em 1 a 1. No Beira-Rio, saímos vencendo. Se eu começar a falar o time do Inter, tinha Oscar, D'Alessandro, Damião, Dagoberto, Dátolo, Tinga. Era um super time. Eu digo que, naquele jogo lá, não faltou entrega, faltou, talvez, uma questão tática no segundo tempo — finalizou Lacerda.
28 dias de treinamentos
Assim como em 2012, o Caxias teve 28 sem jogos até o primeiro jogo da decisão. Neste período, o técnico Lacerda perdeu o centroavante Gilmar e o meia Felipe Tontini entregues ao departamento médico, o atacante Tilica que foi para o futebol da Grécia e o volante Jean Carlos que não teve o contrato renovado. Além disso, o preparador de goleiro Humberto Flores recebeu proposta para trabalhar nas categorias de base do Grêmio e deixou o clube.
— Foi um período bom. Tivemos algumas turbulências, lesões e perdas de atletas. Mas nada que tire nosso entusiasmo e a nossa vontade de jogar essa final. Tínhamos a intenção, lá na retomada, de nos classificarmos para os matas (do returno), coisa que não aconteceu. Tivemos esse período de treinamentos. Tentamos alguns amistosos, mas não conseguimos. Aí ficamos só no treinamento mesmo. Foi feito muita essa pergunta do Grêmio estar com mais ritmo de jogo e não podemos negar, mas não gosto de ficar me apegando em desculpas. Seria muito fácil agora falar que o Grêmio é o maior favorito da final por estar em ritmo de jogo. Assim como o Renato pode dizer que o Caxias está treinando muito. Preferiríamos, sim, estar jogando — analisou Lacerda, que completou:
- Aproveitamos ao máximo esse tempo de treinamento para aperfeiçoar algumas questões que tínhamos, porque nunca as coisas estão 100% certas. Melhorar nosso condicionamento físico, que a gente sabe que perdeu muito durante a parada. Tentando imprimir ritmo de jogo, fizemos treinamentos em alta intensidade. Treinamos muito no gramado principal do Centenário. Nosso campo de treinos não tem a mesma qualidade, então podemos fazer uma coisa que a gente faz pouco, que é treinar no Centenário. E a gente treinou muito ali dentro. Acredito que a equipe está numa crescente e vamos chegar num bom nível para disputar essa final.
