A pandemia do novo coronavírus parou o mundo e com o esporte não é diferente. O Campeonato Gaúcho, por exemplo, está suspenso desde o dia 15 de março. Portanto, quase dois meses sem bola rolando e sem perspectiva de retorno. Durante esse período de covid-19, vários debates surgiram. O principal dilema criado pelo senso comum foi entre a saúde e a economia, como se fosse possível escolher entre um ou outro. Salvar a economia e os empregos ou a saúde da população? Convenhamos, uma discussão sem cabimento. Mas, porque eu lembrei disso? Eu explico.
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Caxias e Juventude aguardam o retorno à normalidade, de maneiras diferentes. Enquanto o clube grená deixa claro que pretende retornar o mais rápido possível aos treinos, dentro das normas e restrições com cuidados médicos, o Verdão é mais cauteloso e entende ser precipitado um retorno neste momento pelo quadro de contaminados que o coronavírus vem apresentando.
Portanto, a dupla Ca-Ju tem posturas distintas para tratar o assunto retorno do futebol. Quem está certo? O Caxias que pretende voltar a treinar ou o Juventude que não tem a mesma pressa para o recomeço das atividades? Simples: não há certo ou errado. Cada um defende a sua convicção, dentro das devidas realidades e possíveis consequências.
Há quem pense que essa postura de cada um reflete interesses próprios. Ou seja, o Caxias quer o retorno imediato porque está na final do Gauchão, e o Juventude não tem a mesma vontade porque briga contra o rebaixamento. Sinceramente, não acredito nisso. Conhecendo Paulo Cesar Santos e Walter Dal Zotto Jr, dirigentes sérios e competentes, jamais isso passaria pela cabeça deles. O que há é um pensamento diferente quanto a atual realidade. Todos nós temos opiniões distantes para o momento atípico que vivemos.