Após a entrevista do técnico Marquinhos Santos, fiquei com a clara sensação de que não acompanhamos a mesma partida na noite de quarta-feira. O Juventude não amassou o adversário, como disse o treinador, tampouco empinou o campo na segunda etapa. A equipe potiguar não fez um ferrolho. Marcou de forma correta, mas também cedia espaços bem mais generosos do que os rivais do Gauchão.
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O time alviverde foi, mais uma vez, uma equipe sem força. Com problemas e, o pior, sem aparentar ter encontrado alternativas para reagir tão cedo. Contra um limitado América-RN, o Papo até criou mais do que em partidas anteriores, mas isso acabou não sendo suficiente para fazer um bom jogo. Com Cajá de falso 9, a equipe de Marquinhos foi inofensiva na primeira etapa. Pior que isso, viu o rival sair na frente.
O ambiente, que ja era tenso, só piorou. O treinador alviverde corrigiu a formação inicial com a entrada de Bruno Nunes. Cajá voltou para a criação, só que aí pesou o momento delicado e a pressão. A bola teimava em não entrar e o gol só saiu com Iago, na reta final da partida. E é bom deixar claro que o rival também poderia ter ampliado.
As vaias ao final do jogo e durante boa parte do confronto foram justas. O Juventude entrega muito menos do que se esperava no início da temporada. No Gauchão vai precisar se desdobrar para evitar a queda. Na Copa do Brasil, o confronto está em aberto, mas para avançar também terá de se superar.
Tomara que, realmente, o jogo contra o América seja o da virada. Mas, para isso, o Juventude precisará mostrar bem mais do que disposição e qualidade individual.