Valendo vaga na final da Taça Ewaldo Poeta, o primeiro turno do Campeonato Gaúcho, Caxias e Ypiranga se enfrentam neste domingo (16) no Estádio Centenário. Conhecido no cenário gaúcho pelas boas campanhas pelo São Luiz e, mais recentemente, assumindo o Grená nos jogos finais da Série D, o técnico Paulo Henrique Marques está mais uma vez em uma decisão do Estadual, desta vez no comando do Canarinho de Erechim.
Com um modelo de jogo que prima pela compactação defensiva e contra-ataques em velocidade, o Ypiranga foi a surpresa do Grupo B ao confirmar classificação para as semifinais com uma rodada de antecedência, deixando o favorito Juventude para trás. Nem o Inter, melhor campanha da competição, conseguiu vazar o goleiro Deivity. Juliano Tatto, do Pelotas, foi o único a marcar contra a equipe do Colosso da Lagoa, em cobrança de falta. Em cinco jogos, foram quatro gols marcados – dois através de contra-ataques, um de bola parada e outro através de lançamento longo.
O Ypiranga tem como posicionamento inicial o esquema 4-2-3-1, que varia para o 4-4-2 quando a equipe se organiza para defender. Seja no Colosso da Lagoa ou fora de casa, procura se compactar e esperar o adversário no meio-campo, onde aumenta a pressão pela recuperação da bola, em busca dos contra-ataques. A velocidade dos pontas Jean Silva e Leilson é um dos principais recursos da equipe. Para construir estas jogadas, o lateral-esquerdo Henrique Ávila, o volante Clayton e o meia Zotti são os principais passadores.
Para atacar, quando a primeira opção não é a ligação direta para o centroavante Neto Pessoa, a saída de bola curta da equipe de Erechim inicia normalmente pelo zagueiro Saimon. No entanto, a ordem não é trocar muitos passes. Assim, o ex-jogador do Grêmio costuma tentar lançar a bola para um dos atletas de ataque, mesmo com a aproximação do volante Henrique Schwarzer, que substitui o machucado Fidélis, ex-Caxias.
Esse movimento de saída de bola força o rival a adiantar seus jogadores para pressionar e, consequentemente, desocupar o meio-campo, onde ocorre a disputa pela bola aérea.
Ainda que não tenha sofrido gols desta forma, justamente pela eficiência de seus dois zagueiros, a fragilidade do Ypiranga está pelos lados da defesa, onde os adversários têm conseguido criar suas principais oportunidades, principalmente pela esquerda. Henrique Ávila, lateral-esquerdo e meia de origem, é um atleta de boas virtudes ofensivas, porém deixa a desejar na marcação. Por outro lado, o ex-grená Muriel sobe pouco ao ataque, justamente para se resguardar defensivamente.