O Caxias começa a ter uma identidade para a temporada 2020.
— O time que inicia este amistoso, hoje, na minha cabeça, é o titular. Mas a gente sabe que tem aquele velho ditado que nem sempre o time que começa, é aquele que vai terminar — afirmou o técnico Rafael Lacerda, antes do jogo contra o Ypiranga, às 16h do domingo (29), no Estádio Centenário.
O duelo contra o time de Erechim encerra o 2019 do Caxias, mas é o primeiro teste valendo para o ano que vem. Por isso, o time grená começa o duelo com aquilo que o treinador considera força máxima. Diferente do jogo-treino contra o Sindicato dos Atletas Profissionais do RS, quando utilizou equipes mescladas em um tempo para cada, desta vez o time titular terá mais rodagem.
— A gente pretende deixar um pouco mais do que 45 minutos. Pretendemos usar o primeiro tempo e uns 20 minutos do segundo, no máximo. Não todos, pois tem a situação do Juliano, do Diogo Oliveira e do Gilmar, que vão iniciar a partida, mas provavelmente só vão ficar os 45 — explicou Lacerda.
Na quarta semana de pré-temporada, o treinador grená acredita que há uma evolução considerável do grupo na parte física e de entrosamento. A partir de agora, com a preparação feita para o amistoso, o time começa a concentrar também suas atenções nas questões táticas.
O esquema 4-2-3-1 sai na frente na primeira escalação do Caxias, ajustando a característica do time com as de alguns atletas, como a dos volantes Juliano e Yuri, que fazem a base de sustentação do meio-campo da equipe no domingo.
— A nossa geração pegou muitas transformações táticas no futebol. Quando comecei, o meio-campo era no quadrado, com dois volantes e dois meias. Depois, passamos para o losango. Na sequência, veio o jogador box-to-box. Agora, está acabando praticamente aquele primeiro volante que só marca e entrega do lado. Nós viemos evoluindo com o futebol e acredito que não haverá dificuldade de jogar de primeiro ou de segundo — disse Yuri, que já atuou ao lado de Juliano no Goiás, em 2013, mas sem que nenhum deles fosse de fato primeiro homem do meio-campo.
Para domingo, a formação está definida. Terá Marcelo Pitol; Ivan, Venício, Thiago Sales e Eduardo Diniz; Yuri e Juliano; Tilica, Diogo Oliveira e Juninho Potiguar; Gilmar. A entrada para acompanhar a partida no Centenário custará um quilo de alimento não-perecível.
Contra o time do técnico Paulo Henrique Marques — que comandou o Caxias na reta final da Série D de 2019 —, Lacerda sabe que terá muitas coisas para observar sobre a preparação que tem feito com seu grupo até aqui.
— Sempre é importante estar jogando contra adversários fortes. Conheço o Paulo, fui atleta dele e depois auxiliar. O Ypiranga já vem bem há alguns anos, mesmo que agora que tenha subido para a Série A do Gauchão, mas a prova é que quase subiu para a Série B do Brasileiro. Vem com investimento forte para o Campeonato Gaúcho, mas esperamos fazer um bom jogo. Se a gente vencer, não estará tudo certo e se perder, também não estará tudo errado. Mas pretendemos, sim, começar vencendo. Aqui, a cobrança sempre vai existir.