Assim como muitos meninos, Evair Cecatto e Felipe Brandalise também almejavam ser jogadores profissionais de futebol. Na decisão da categoria titulares da 31ª Copa União de Clubes, os dois estarão frente à frente. O jogo, que inicia às 15h de domingo (24), vale o título para quem triunfar. Na primeira partida da final, Bevilacqua e Pedancino ficaram no 1 a 1.
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Ceccato e Brandalise, ambos com 25 anos, disputam há Copa União há 10 temporadas. O representante do Bevilacqua foi incentivado por um ex-jogador conhecido em Caxias do Sul.
— Teve um jogador, o Jajá, que abriu uma escolinha e montou um time para jogar o Campeonato Infantil da Copa União. Eu participei e, ali, já conquistei o meu primeiro título. A partir de então, jogo todos os anos — conta Ceccato.
Pelo lado do Pedancino, uma figura também foi crucial para que Brandalise ingressasse na competição: o pai, Carlos Brandalise. Desde pequeno, ele tem a figura paterna como exemplo.
— Eu sempre acompanhava meu pai. Lembro das vezes que ele foi campeão. São fatos que me marcaram muito. Hoje, 90% das pessoas que jogam ali não são da comunidade. Então, a nossa responsabilidade é grande, porque estamos servindo eles. As pessoas te olham diferente, porque você foi criado ali, é bem motivador — destaca Brandalise.
O incentivo familiar também foi crucial para que o elo com a Copa União fosse fortalecido. Cecatto reside na comunidade do Bevilacqua, próximo ao campo e tem uma identificação afetiva com o local. Capitão do time há um ano, ele demonstra entusiasmo ao falar da decisão:
— A expectativa está a milhão, ainda mais porque teve um intervalo grande entre as duas partidas e o jogo decisivo vai ser na nossa casa, com o apoio da nossa torcida, que incomoda bastante o adversário e, com certeza, vai fazer uma festa grande.
Brandalise também está confiante. Contando com o apoio de familiares e amigos, além da própria comunidade, o Pedancino também espera levantar a taça:
— A expectativa é de fazer um bom jogo e ganhar. Não foi um bom resultado (no primeiro jogo), mas passamos em casa, 1 a 1. Então, agora vamos com a expectativa de vencer fora.
De geração para geração
Assim como Brandalise, a paixão de Cecatto pela Copa União foi herdada pelo pai, que já disputou a categoria máster. Além disso, ele pretende transmitir esse amor à filha Yasmin, três anos, que mesmo com a pouca idade já está aprendendo a importância da competição:
— Meu pai também me ensinou isso, me incentivou a praticar esporte e eu também estou passando isso à minha filha. Apesar de não ter modalidade feminina, eu sonho que um dia ela possa ter lugares como os homens, para desfrutar do esporte.
Do lado do Pedancino, o desejo também é transmitir esta paixão às próximas gerações:
— Estou jogando e tem meus tios, padrinhos, pessoas da comunidade me olhando, torcendo por nós. Como fui criado ali, é uma coisa que quero passar para as próximas gerações, sem dúvida.
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