O Caxias mudou sua postura com os jovens da base após o imbróglio envolvendo o atacante Denílson. Após a apresentação do goleiro Marcelo Pitol, o gerente de futebol Ademir Bertoglio explicou o caso e lamentou pela escolha da família do jovem.
— A questão do Denílson foi que a direção marcou uma reunião com a família e propôs um contrato profissional. Eles ficaram de dar resposta ao clube e nesse meio tempo a família assinou uma procuração para um empresário. A família deixou de lado o Caxias para ouvir um empresário que vai levar ele não sei para onde. A família não quis que o Denílson seguisse no Caxias — explicou o dirigente.
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O técnico Rafael Lacerda lamentou perder um dos seus titulares e quem ele depositou confiança durante a Copinha. Denílson só não entrou em uma partida, casualmente a única vitória do time fora de casa: sobre o Avenida, por 1 a 0, em 7 de setembro.
— Eu fico triste pelo atleta, que é um guri trabalhador e merece as oportunidades que vai ter. A gente fica chateado porque ouve "o clube precisa dar oportunidade aos mais novos", aí quando o Caxias dá a oportunidade, acontece isso. Aparece um empresário do nada. Eu já vi vários casos assim, o clube abre uma oportunidade de estar no grupo profissional, de disputar um Campeonato Gaúcho e a família vem e decide tirar o atleta do clube. Tomara que não atrapalhe o futuro — lamentou Lacerda.
Essa situação respinga também nos outros jovens. Apenas quatro devem compor o grupo do Gauchão, algo que será definido após o encerramento da participação na Copa Seu Verardi. Por enquanto, o clube assegura que ficará com um percentual no passe de Denílson.