Quatro anos se passaram e o cenário se repete, pelo menos no que diz respeito ao objetivo a ser conquistado. Em 9 de outubro de 2016, o Juventude encarou o Castelão lotado, empatou com o Fortaleza em 1 a 1 e garantiu o retorno à Série B. Dos jogadores que iniciaram aquela partida como titulares, apenas um estará em campo na segunda-feira, dia 2, quando a equipe alviverde tenta repetir a ascensão nacional.
Pouco mais de uma semana após completar 23 anos, Cristiano da Silva Vidal vê os duelos contra o Imperatriz como mais um dos tantos desafios que encarou desde que chegou ao clube, em 2013. O lateral-direito assumiu a titularidade nos jogos diante do Coritiba, pela Copa do Brasil de 2016, sob o comando de Antônio Carlos Zago. Na oportunidade, com 19 anos, já dava sinais de que a pressão externa não era um problema.
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Com altos e baixos desde então, lesões que atrapalharam em algumas fases e muitas cobranças dos torcedores do Ju, Vidal se diz um privilegiado por estar novamente lutando pelo acesso:
— Acredito que o principal diferencial em relação a 2016 é a maturidade. Conforme o tempo vai passando, a gente vai aprendendo mais e amadurecendo. Espero que, mais uma vez, possa ser feliz — diz Vidal, que também encara as críticas com maior naturalidade:
— É uma responsabilidade muito grande ser o único titular que segue no grupo. Sabia da cobrança que iria ter neste ano, até pelo fato de a equipe ter deixado a desejar em 2018. Permaneci e sabia que iria ter essa cobrança grande em cima de mim. Mas, me preparei muito para chegar nesse momento. É o meu objetivo. Espero que o time consiga um bom resultado lá para decidir aqui em casa e conquistar esse tão sonhado acesso.
Natural de Não-Me-Toque, Vidal tem em 2019 a temporada na qual mais atuou com a camisa do Ju – 33 partidas até aqui. Durante a Série C, chegou até a ser cogitada uma negociação para a Alemanha, que acabou não evoluindo. Com a concorrência de Lucas Mota e a parceria afinada com John Lennon pelo lado direito, ele não esconde a vontade para que o momento mais importante desta temporada chegue logo.
— A ansiedade existe, mas é preciso controlar para que ela não atrapalhe. Fico feliz de mais uma vez estar disputando a condição de acesso e, pelas circunstâncias que enfrentamos no nosso grupo, muito equilibrado, a sensação é a melhor possível. Agora é outro campeonato. A partida mais importante do ano. É ter atenção com o time todo. Claro que eles têm o melhor ataque da competição e a concentração precisa ser redobrada para não ter nenhuma falha e não dar brecha — projeta Vidal.
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