Pan de recordes
Mesmo com a falta de uma política esportiva eficiente e todas as dificuldades conhecidas em grande parte das modalidades, o talento prevalece no Brasil. Foi o que acabou comprovado no Pan de Lima. É claro que a competição não tem o mesmo peso ou até a qualificação de atletas de uma Olimpíada, mas o desempenho foi acima de qualquer expectativa inicial. Com o maior número de ouros e medalhas da sua história, o país acabou na segunda colocação do quadro de medalhas.
O mais importante neste momento é avaliar o surgimento e crescimento de jovens atletas e, principalmente, buscar formas de valorizá-los e potencializar suas carreiras.
Ainda falta muito para o esporte brasileiro ser uma referência, mas competições como a no Peru mostram que existe o potencial, a qualidade. Basta o investimento ser bem administrado.
Destaques brasileiros
Natação, atletismo, ginástica artística e vela carregaram boa parte das medalhas para o país. Porém, vale destacar algumas modalidades que cresceram e até surpreenderam.
No taekwondo, foram sete medalhas de oito possíveis. No triatlo, dois ouros e duas pratas. O país ainda conquistou seus primeiros ouros em algumas modalidades: no boxe feminino, com Beatriz Ferreira; no arremesso de peso masculino com Darlan Romani; na classe 49er FX da vela com Martine e Kahena; na patinação artística feminina, com Bruna Wurts; no badminton masculino, com Ygor Coelho.
Isso sem falar do time de basquete feminino, que levou o ouro após 28 anos, em um ótimo início no seu processo de reconstrução, sob o comando do técnico José Neto.