A cidade de Imperatriz vive um 2019 diferente no aspecto esportivo. E o clima para os dois jogos entre o clube maranhense e o Juventude, nas próximas duas segundas-feiras, dias 2 e 9 de setembro, não poderia ser mais positivo. Está em jogo uma vaga na Série B de 2020. Estar entre os 40 principais clubes do país seria um marco para o município de 255 mil habitantes.
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Juventude decide acesso contra o Imperatriz-MA nas duas próximas segundas-feiras
– A cidade está em êxtase – resume o repórter Marcelo Júnior, da Rádio FM Terra.
Lógico que o futebol é parte importante nesse processo. O Imperatriz é o atual campeão maranhense, conquista emocionante e definida nos últimos segundos sobre o tradicional Moto Club, e pode chegar ao segundo acesso consecutivo no âmbito nacional.
Ao mesmo tempo, a cidade está ganhando destaque por outro esporte, o skate. Rayssa Leal, atleta de apenas 11 anos, é natural do município sul-maranhense e desponta como grande candidata à medalha olímpica em Tóquio 2020, já que é a atual terceira colocada no ranking mundial da modalidade.
O futebol, logicamente, é quem atrai mais público e deixa a comunidade mais esperançosa para as próximas duas semanas, quando o duelo com o Juventude terá tom de protagonismo. Ainda mais pelo respeito que o alviverde deverá receber dos maranhenses.
Os rumos do Cavalo de Aço começaram a mudar em setembro de 2017, quando Adauto Carvalho assumiu a presidência. A reestruturação imposta por sua diretoria refletiu diretamente nos resultados dentro de campo. Na segunda participação na Série D, no ano passado – o clube já havia jogado em 2015 e parado na fase de grupos –, o rubro conquistou o acesso à Terceira Divisão. Venceu o Manaus nas cobranças de pênaltis, jogando no Amazonas.
Para a atual temporada, o Cavalo de Aço surpreendeu. Não apenas com o título maranhense, mas pelo fato de o time comanda por Paulinho Kobayashi chegar à disputa por uma vaga na Série B 2020. Algo impensado no início do ano, quando o foco era apenas não cair.
– Ninguém aqui aguardava que o Imperatriz fizesse uma campanha para chegar às quartas de final. Mas a equipe, além dos pontos, contou com a sorte. Sorte de campeão, quem sabe? Já que o Cavalo de Aço tropeçou algumas vezes dentro de casa e conquistou vitórias importantes fora – conta Marcelo Júnior.
ATAQUE FORTE
O time de Kobayashi chega nos mata-matas do acesso com a moral de ter o melhor ataque da competição: 27 gols e uma média de 1,5 por partida. Ao mesmo tempo, a defesa foi vazada por 22 vezes e mostra um certo desequilíbrio na equipe.
– É um time jovem, que em alguns momentos tropeçou na competição. Mas é muito rápido do meio para frente, tanto que tem o melhor ataque da competição. No entanto, tem deficiências no setor defensivo. Só que o Cavalo de Aço conta com o fator sorte, os adversário diretos tropeçaram em vários momentos no segundo turno (da primeira fase) e o Imperatriz conquistou os resultados que precisava – ressalta Marcelo Júnior.
E, se além da sorte o time for supersticioso, decidir fora de casa pode ser mais um ponto positivo. Tanto no acesso de 2018, como no título estadual desse ano, o segundo jogo foi longe dos seus domínios. Motivos para explicar o êxtase imperatrizense.
BAIXA IMPORTANTE
Às vésperas da decisão contra o Ju, o Imperatriz perdeu o atacante Rayllan. O jogador foi o autor do gol que classificou o Cavalo de Aço aos mata-matas da competição, mas está indo para o futebol da Arábia Saudita. A situação já estava acertada entre clube e atleta.