Completar o Ironman Florianópolis com os tempos realizados por Silvestrin – 56min50seg na natação; 4h54min na bike; e 3h13min de corrida – exige uma rotina forte de treinamentos. Ela também precisa ser adaptada, claro, aos turnos de trabalho na UTI de um hospital na Capital.
— A gente tem periodização de treinos. São semanas com mais volume, semanas de compensação para o corpo baixar um pouco. Cheguei a treinar nesses últimos dois meses de 20 a 26 horas por semana — revela Silvestrin.
Por conta do nível de exigência, é necessário gostar do que se faz. Segundo Silvestrin, sua rotina com esporte vem do berço. O pai foi jogador de futebol e ele também percorreu boa parte desse caminho, atuando na base do Juventude até os 18 anos. Mas as lesões o fizeram abandonar a carreira.
O caminho foi a universidade, agregando a natação ao seu dia a dia. Até por isso, a carga alta de treinos não é um problema muito grande.
Para o Mundial, além de contar com muita força de vontade e preparação, existirá um problema a menos para Silvestrin. O corpo vai estar muito mais próximo do 100%. Pelo menos, sem dores da fratura.
— Vai ser mais fácil sem braço quebrado (risos). O meu treinador (Frank Silvestrin) primeiro me xingou e depois me disse: “calma, vai dar tudo certo”. Mas a gente sabe que precisa cuidar até para atravessar a rua, né? Já disse pra ele (técnico) que não posso ter day off, melhor me dar 50km de bicicleta, porque eu vou fazer alguma coisa — brinca.