Rivais dentro de campo, amigos fora dele. Frente a frente no clássico Ca-Ju deste sábado, dois treinadores que foram companheiros como jogadores e comandam Juventude e Caxias na busca por uma vaga na próxima fase do Gauchão.
Às 16h30min, no Alfredo Jaconi, Luiz Carlos Winck, pelo Ju, e Pingo, no Caxias, se reencontram para se enfrentarem pela primeira vez como técnicos. Nos anos 1990, a dupla chegou a dividir quarto em concentrações nos tempos em que atuaram pelo Grêmio, em 1993, e também jogaram juntos no Flamengo de 1995, aquele que tinha o “ataque dos sonhos”.
– No Grêmio fizemos a amizade. Fomos campeões gaúchos, vice da Copa do Brasil e depois eu saí. Quando o Pingo estava no Flamengo, ele me ligou e acabei acertando também. Eu estava parado naquele momento. Era aquele time que tinha o ataque dos sonhos, mas que ficou no sonho mesmo. Era o time com os “bad boys”, mas que na hora de treinar... Era uma equipe boa no papel, mas que no campo não rendia – relembra Luiz Carlos Winck, que nas duas últimas temporadas defendeu as cores do Caxias e venceu três dos últimos quatro clássicos disputados.
Pingo é estreante no duelo. O treinador, inclusive, está na sua primeira temporada como comandante no futebol gaúcho, depois de uma trajetória basicamente consolidada em Santa Catarina.
– Fazia tempo que não via o Winck. No Grêmio, fomos companheiros de quarto. Éramos parceiros. O Winck é uma grande pessoa, um excelente profissional. Nosso convívio foi sempre tranquilo e bom – conta o ex-volante que, assim como Winck, considera Ênio Andrade o melhor técnico com quem já trabalhou.
Admiradores de Guardiola e da Seleção Brasileira de 1982, os ex-colegas têm objetivos distintos nesta partida. O Caxias de Pingo, do toque e da posse de bola, busca confirmar a vaga entre os quatro primeiros. Já o Juventude de Winck, marcado pela reatividade e forte marcação, mira a volta para a zona de classificação do Estadual e a primeira vitória como mandante na competição.