Foi um ano especial para o Centro de Formação e Excelência em Badminton (CFEB) Murialdo. A terceira temporada da equipe caxiense foi finalizada em grande estilo, com uma participação histórica na etapa do Campeonato Brasileiro de Vitória, no Espírito Santo. O grupo retornou para a Serra Gaúcha com 18 medalhas conquistadas e o primeiro ouro em um torneio deste nível. Algo difícil de imaginar há pouco tempo.
O crescimento é evidenciado justamente pelas conquistas. Em 2018, na primeira etapa, em Toledo (PR), a gurizada do Murialdo obteve apenas uma medalha. Em Curitiba, meses depois, foram cinco. Para chegar até as 18 da última semana, o trabalho e a sequência de competições foi fundamental, com as participações nos Jogos Escolares da Juventude e no Campeonato Estudantil do Rio Grande do Sul (Cergs).
– O nosso grupo treina quatro vezes por semana, dividido entre as atividades em simples e duplas. São 50 atletas na equipe de competição e 320 no total do centro de excelência. Foi um ano especial, mesmo que não tenhamos conseguido jogar o Sul-Americano no Peru – lembra Noeslem, ao citar os 12 convocados para a competição, que não puderam viajar por falta de recursos.
O primeiro ouro
A primeira medalha de ouro do CFEB/Murialdo em brasileiros veio em Vitória, com a dupla Gabriel Casara e Arthur Bortolini, na categoria sub-15. Uma parceria que foi melhorando com os treinos e já vê a evolução se confirmar na quadra.
– Nós temos essa maior entrosamento a cada disputa. Podemos assim avaliar os erros e o que ainda podemos melhor – avalia Bortolini.
Um dos atletas que está no time desde o início, Gabriel Casara conquistou sua primeira medalha nacional em 2016 e, no ano passado, foi bronze no Sul-Americano. Ou seja, vê na prática que pode crescer ainda mais na modalidade.
– A gente evolui a cada treino. E o melhor é que não estamos em casa, sem fazer nada. Por isso, gosto cada dia mais do badminton
No feminino, os destaques de 2018 foram Isadora Serafini e Jhessica da Silva. Finalistas de simples da categoria sub-15 nos Jogos Escolares da Juventude, quando Jhessica levou a melhor, elas foram vice-campeãs nas duas últimas etapas do Brasileiro, aí como dupla. A parceria entre elas é o grande diferencial.
– A gente se movimenta bem em quadra e se entende. Tem a rivalidade na disputa de simples, mas quando jogamos juntas isso acaba – explica Isadora, antes de completar:
– O badminton me trouxe muitas oportunidades e, por isso, acredito que posso ser uma profissional da modalidade.