Um camisa 9 que deseja ter melhor sorte em 2019. E, automaticamente, que isso vá interferir diretamente na vida do Caxias e do seu torcedor. João Paulo está de volta ao Estádio Centenário e se mostra motivado para próxima temporada. O primeiro ponto é mostrar que ele pode render mais com a camisa grená, o segundo é uma forma de agradecer a confiança depositada pelo técnico Pingo. Afinal, foi o comandante quem desejou a permanência do centroavante.
— Quando você tem o aval de um treinador que está chegando e que nunca trabalhou com ele, só jogou contra, é muito bom. Fico muito feliz pelo o que ele fez por mim, pediu para voltar, acreditou — destaca João Paulo.
Na primeira passagem com a camisa grená, o centroavante atuou em 12 partidas, sendo 11 como titular, e marcou três gols – além de uma assistência. No entanto, João Paulo parecia fora do estilo de jogo proposto pelo técnico Luiz Carlos Winck e acabou sendo emprestado ao Novo Hamburgo para disputa da Série D. Mas essa saída não estava nos planos do jogador.
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— Eu não fiquei porque a vida é feita de opções. Algumas pessoas fizeram as delas, eu não pedi para sair. Foi passado que eu deveria ir, expus a minha vontade que era de ajudar o Caxias a subir para Série C. Não tive essa oportunidade, por não estar aqui. É ter tranquilidade, tentar melhorar e saber o que foi desse ano para mudar no próximo. Terminei o campeonato (Gaúcho) com três gols, quantos o artilheiro do Caxias teve? Três (o atacante Nicolas também obteve essa marca). E fiquei os quatro jogos finais sem jogar, terminei como artilheiro. Tenho que trabalhar e provar para mim que sou capaz. Tenho condições — relata João Paulo.
Mas 2018 está ficando para trás. Uma vida nova ressurge a partir de agora e com novo treinador no comando. Os primeiros trabalhos de Pingo mostram que o grupo está aceitando sua metodologia, principalmente por estar sempre trabalhando com bola e um estilo de posse. É hora de tentar reviver os momentos de glória, como o próprio João Paulo viveu em 2017, com o título Gaúcho. Seria melhor ainda se voltasse a empilhar gols, idêntico a duas temporadas quando foi o artilheiro de Erechim.
— Procuro fazer mais. Saí do Ypiranga para o Novo Hamburgo com 18 gols na temporada, o artilheiro do Rio Grande do Sul à frente de jogadores de Grêmio e Inter. Falei que no Novo Hamburgo queria terminar com 18 ou mais, infelizmente não fiz. Mas fui campeão gaúcho. Aí você vai pensar, fazer 18 gols ou ser campeão? Eu prefiro título. A gente tem que pôr prioridades na vida. Se me perguntar se quero fazer 50 gols? Quero. Mas se eles não ajudarem a equipe, prefiro fazer três e que sejam muito importantes — afirma o camisa 9.
Nova vida e um novo João Paulo para o Caxias. Um clube que quer vida nova e isso passa muito pela produtividade que o centroavante terá a partir de agora com a camisa grená. Para buscar classificações é preciso vencer e isso só ocorre com gols. Se o artilheiro justificar as comemorações de um atirador de elite, um grande ano poderá estar vindo pela frente.