A caminhada para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 começa em solo europeu. Assim, o lutador Venilton Teixeira, 23 anos, encara o desafio do próximo fim de semana em Ramla, cidade a pouco mais de 20km de Tel-Aviv, capital de Israel. É o primeiro torneio internacional deste ciclo olímpico que o atleta disputará pensando nos Jogos no Japão, em pouco menos de dois anos.
Morando em Caxias do Sul a cerca de seis meses, Venilton deixou o Amapá em busca de treinamento na Associação Caxiense de Taekwondo (ACTKD/UCS). Ao lado do treinador Daniel Brisotto — que também estará com ele em Israel –, o lutador espera voltar a competir nos Jogos Olímpicos. Em 2016, no Rio, ele acabou na nona colocação na categoria até 58kg.
Agora, o caminho do taekwondista para Tóquio passa por um concorrido circuito de disputas internacionais, especialmente em 2019.
— Esse campeonato é importante porque estamos disputando pontos no ranking mundial e no olímpico. Para se classificar para os Jogos, o atleta tem que estar entre os seis melhores do mundo ou através das seletivas por país, se for escolhida a categoria. É muito importante esse campeonato e a carga de eventos que teremos no ano que vem — afirma o lutador.
Em Israel, Venilton não terá os principais desafiantes da sua categoria. Por isso, existe grande chance de que a medalha de ouro fique com o atleta da ACTKD/UCS.
O grande desafio ficará para o ano que vem, quando ocorrem os abertos dos Estados Unidos, de Paris e da Áustria. Porém, os pontos no ranking que Venilton conquistar em Israel terão valor importante na sua somatória para chegar em Tóquio.
— É uma competição de nível internacional. Vou para ser campeão. Estou focado nisso e treinando já há bastante tempo para ganhar. Então espero um resultado positivo. Mas como treinei muito para esse campeonato, acho que o nível dele não está tão alto assim — concluiu.
Em Caxias, Venilton aprimora a defesa
Com a experiência de ter disputado os Jogos do Rio, Venilton veio para Caxias do Sul com o objetivo de aprimorar seu treinamento. Na ACTKD/UCS, o amapaense acredita que evoluiu sua defesa. Para o treinador Daniel Brisotto, a adaptação do lutador facilitou na sua evolução:
— O que a gente buscou fazer com ele na sua chegada foi recuperá-lo de algumas lesões crônicas que tinha. E conseguimos isso de uma maneira muito boa. O próximo passo foi corrigir aspectos técnicos, como a defesa, a qual foi dada uma atenção especial. O Venilton é um talento, tem uma maneira especial de pensar a luta.
Em pouco mais de meio ano na Serra, o lutador se mostra contente com o que já mudou em seu treino:
— É outro pensamento dentro do treino. Pude trabalhar bastante a minha defesa, que era o ponto mais falho na hora da luta. Até mesmo o condicionamento físico está melhor. Hoje consigo manter o meu peso mais baixo e estou em uma forma melhor. E isso conta muito.
A formação da seleção brasileira deve acontecer entre março e abril do ano que vem. Depois, alguns ajustes serão feitos até o fechamento do time que irá disputar as vagas para a Olimpíada. Partindo de Caxias, Venilton espera estar lá.