— Nós acreditamos em milagre.
Começou assim a entrevista do zagueiro e capitão do Juventude Micael, na sexta-feira, um dia após a derrota da equipe alviverde para o Brasil-Pel.
A indignação do defensor, que chegou a dar socos na mesa da sala de imprensa do Estádio Alfredo Jaconi enquanto falava que não ia desistir, era reflexo de uma partida que não saiu como o imaginado.
— Chegar aqui depois de uma derrota dessas é difícil. Temos que assumir nossa responsabilidade. A gente sabe que fizemos um jogo muito bom tecnicamente. Sabíamos o que tínhamos que fazer, mas não transformamos em gol — admitiu Micael.
A partir de agora, serão quatro partidas para que o “milagre” aconteça e o time do técnico Luiz Carlos Winck consiga transformar em gols a tardia melhora no nível de atuação do time.
Micael acredita. E espera que a crença de que o time não irá para a Terceira Divisão também esteja com os juventudistas.
— O verdadeiro jogador é o que acredita até o final. Da mesma forma, o verdadeiro torcedor também acredita até o final. Não pode se contentar ao ponto de dizer “também larguei”. Ao contrário. Vamos lá torcedor, vamos acreditar até o final. Os jogadores não largaram. Não tem bandeira branca. Ninguém jogou a toalha. A gente tá indo até o final e sabemos que o torcedor de verdade vai conosco. A gente acredita na permanência na Série B — concluiu Micael.