O Juventude inicia mais uma semana pressionado. E, desta vez, com uma carga emocional ainda mais elevada após sofrer a incrível virada diante do Goiás, sexta-feira, no Alfredo Jaconi, e cair para a vice-lanterna, com 32 pontos.
É bem verdade que o primeiro time fora do Z-4, o Sampaio Corrêa, tem a mesma pontuação, mas a forma como ocorreu a derrota na última rodada ainda repercute na torcida e dentro do próprio clube. Após abrir 2 a 0 na primeira etapa diante do vice-líder, o Ju sofreu cinco gols em pouco mais de 30 minutos e apagou o que era uma grande atuação.
– É brigar jogo a jogo. Temos adversários diretos na briga. O campeonato é um reflexo do que fizemos em casa. Não fomos produtivos e eficientes em 15 rodadas dentro do Jaconi. Ter duas vitórias é muito pouco. É sofrível, a gente não aceita, mas só os jogadores podem modificar isso. Agora, tem que ter um pouco mais de atitude, tranquilidade e personalidade durante a partida – avaliou o técnico Luiz Carlos Winck.
O próximo desafio do Ju será diante do Vila Nova, em Goiânia, no próximo sábado. Com sete partidas por disputar na Série B, o time precisará, pelo menos, de três vitórias para ter chances de escapar. Ainda sem fazer cálculos, Winck cobra uma atitude diferente do grupo e alerta que não vai desistir enquanto o time tiver a oportunidade de se manter na Segunda Divisão.
– A equipe tem de ter uma persistência maior. Ou você acorda de uma vez por todas e tem grandeza para buscar jogo a jogo para sair dessa situação ou joga a toalha. E isso não é do meu perfil e não vou aceitar isso do meu grupo – decretou o técnico.
Para o duelo em Goiânia, Winck poderá contar com o lateral-direito Felipe Mattioni, o meia Leandro Lima e o centroavante Elias, que cumpriram suspensão diante do Goiás. Elogiados após a partida da sexta-feira passada, os garotos Denner e Douglas Kemmer devem seguir como titular. Para o treinador, em um momento de tanta turbulência, é hora de falar pouco:
– Só existe uma palavra para mudar esse momento: trabalho.