Existem dois cenários para o Juventude na reta final da Série B. Faltando sete rodadas, o primeiro é esperançoso, mas o segundo é uma comparação preocupante. O alviverde poderá escapar da queda com menos de 45 pontos. Por outro lado, a campanha é pior que a do rebaixamento à Série C, em 2009.
Começamos pelo quadro positivo. Nos últimos anos, o número mágico contra o rebaixamento é de 45 pontos, tanto que em 2017 o 17º colocado – Luverdense – caiu com 44. Entretanto, considerando o aproveitamento atual de Ju, Sampaio Corrêa, CRB e Paysandu, que é de 34,4%, a pontuação para encerrar a competição fora do Z-4 ficaria entre 39 e 40 pontos.
— Temos que pensar em fazer o melhor nessa reta final. De 21 pontos, precisamos buscar o máximo possível. Eu sei que a pontuação vai cair, tenho certeza disso, mas não podemos achar isso como desculpa. Ao invés de fazer 14, fazer 10 e achar que está bom — diz o técnico Luiz Carlos Winck.
Neste momento, para o torcedor jaconero, o primeiro objetivo é secar o CRB na noite de hoje. Os alagoanos recebem o Goiás, às 19h15min, no Estádio Rei Pelé. Depois, é esperar que o time faça a sua parte. Amanhã, o Ju tem que pontuar em Goiânia, diante do Vila Nova, às 16h30min. Na sequência, entrará nas suas semanas de “finais de Copa do Mundo”, quando encara os rivais diretos Sampaio Corrêa e Brasil-Pel, em casa, e o CRB, em Alagoas.
Comparativo assusta
Se de um lado o cenário soa otimista, pelo fato de o Ju depender apenas de si, outra avaliação assusta. Quando caiu para a Série C, em 2009, a campanha alviverde não era tão ruim quanto a atual até a 31ª rodada.
Naquela ocasião, o Ju ocupava a 15ª colocação. Somava 10 vitórias, sete empates e 14 derrotas. Em uma comparação, o time soma apenas nove vitórias no ano de 2018, contando Gauchão, Copa do Brasil e Série B.
Um filme ainda não se repetiu. À época, a direção alviverde teve cinco trocas de comando técnico, enquanto neste ano foram três treinadores. Em 2009, Ivo Wortmann começou a temporada, mas se desligou do clube para treinar o Coritiba antes do Estadual. PC Gusmão chegou e no Gauchão pediu para sair e foi ao Atlético-GO. Gilmar Iser foi contratado, mas só durou até o início da Série B. Zé Teodoro comandou a equipe em boa parte da competição nacional, mas foi demitido. Com isso, Ivo Wortmann fechou a temporada do descenso.
O ataque também era mais efetivo. Com 31 rodadas, já estava na casa de 40 gols marcados. Este ano, não passa de 25. Por fim, na melancólica comparação, o Ju terminou em 17º lugar, com 44 pontos. Restam sete jogos para que o roteiro não se repita.