Até quando?
Mais uma vez, o esporte de alto rendimento de Caxias do Sul agoniza. Foi assim com o futsal de Enxuta, Vasco, UCS e Cortiana, com o vôlei da equipe da universidade e com o handebol. Isso, só ao falar de times mais recentes.
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Agora, quem definha é o basquete. De nada adiantam os resultados ou a resposta da comunidade, que literalmente abraçou o time durante a última temporada. Até porque não é de fato a população que se apaixonou pelo esporte que poderá mantê-lo vivo. É necessário um apoio maior, que vem de cima.
O empresariado local e o poder público, mesmo que fosse apenas na interlocução, não veem o esporte como prioridade. Muito pior. Não tratam ele nem como uma alternativa para que muitos dos problemas do município sejam minimizados.
O material publicado na editoria de esporte e as informações espalhadas no topo de cada página desta edição só reforçam a nossa incredulidade. E, ao mesmo tempo, um pedido: que não se deixe morrer um projeto sério, consolidado e que chegou ao seu grande momento neste 2018.
Perguntinha
Será que existe um produto melhor para ligar a sua marca do que um time que tem em suas categorias de base mais de 200 crianças, é envolvido com causas sociais e foi quem mais divulgou Caxias do Sul nos últimos meses?
No social e no escolar
Conversei por telefone com o secretário municipal de Esporte e Lazer Paulo Gedoz de Carvalho. O principal objetivo era ouvir o que o poder público teria a falar sobre o assunto.
Além de destacar que seria muito salutar a continuidade do Caxias Basquete, Carvalho falou sobre a competência administrativa dos dirigentes do time e reafirmou que não existe a possibilidade de o governo municipal auxiliar diretamente o alto rendimento. Em meio a crise e aos recursos escassos, o foco na área está voltado para o social e o escolar. Sempre lembrando que o esporte não está entre as prioridades principais no momento.
Questionado sobre a possibilidade de uma interlocução do poder público com as empresas, o secretario mostrou-se receptivo com a ideia, e voltou a convocar a participação empresarial. Além disso, lembrou que na época em que atuava como um dos gestores do esporte na UCS, o programa chegou a contar com 37 patrocínios da iniciativa privada.
Porém, agora os tempos são outros.
Sem acreditar
Por tudo o que se viu no NBB 10, é quase inacreditável aceitar que o Caxias possa ficar de fora da próxima edição. Começar tudo do zero, solicitando a licença nesta temporada, seria praticamente colocar um fim na equipe.