Logo após o término do NBB 10, e bem antes da situação se apresentar tão difícil para o Caxias Basquete seguir o projeto, o ex-atleta olímpico Celso Scarpini entrou em contato com o Jornal Pioneiro. O motivo: a importância do crescimento do time para o basquete gaúcho.
Natural de Porto Alegre, Scarpini, 73 anos, vivenciou grandes momentos da modalidade no país e no Estado. Atuou ao lado de nomes como Wlamir Marques, Rosa Branca, e Ubiratan, nas décadas de 1960 e 1970. Participou da Olimpíada de 1968 (4º lugar) e foi vice-campeão pan-americano em 1963, em São Paulo. Nos clubes, iniciou no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, jogou por Corinthians e Fluminense, entre outros.
O currículo o deixa apto para ver o momento do cenário gaúcho.
– O basquete gaúcho esteve entre os melhores do país. Decaiu, mas hoje me orgulho muito por ver o Caxias Basquete na elite. Para o Estado e, principalmente para a Caxias do Sul, é algo fundamental. No último NBB, foi uma equipe que não ficou devendo em nada para os melhores do país. Precisamos incentivar que os grandes jogadores venham para cá e que exista o incentivo para os jovens que estão iniciando na modalidade – destaca.
Após o sucesso do Corinthians, em Santa Cruz do Sul, na década de 1990, foi em Caxias que o basquete gaúcho ressurgiu nacionalmente. Por conta disso, Scarpini diz que o projeto não pode morrer, :
– As empresas têm que se conscientizar da importância do Caxias Basquete para a cidade e a região. Se o basquete e o esporte tiverem o apoio merecido, outras áreas vão crescer naturalmente. A cidade pode se tornar, de fato, um polo do basquete. É fundamental neste momento valorizar o que foi feito até aqui pelo clube.