Nas cinco vezes em que disputou o Sul-Americano, cinco títulos. Nas seis participações no Mundial, seis conquistas. O retrospecto recente demonstra o poderio da seleção brasileira feminina de futsal. Porém, todos esses números ainda não trazem o reconhecimento devido.
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Desde segunda-feira, o grupo comandado pelo técnico Wilson Saboia, treina em Carlos Barbosa, onde disputa um amistoso com a seleção paraguaia, domingo, às 11h. No dia seguinte, o teste se repete na cidade de Lages, no interior de Santa Catarina.
Na primeira oportunidade de reunir as atletas em 2018, observações e algumas ausências, especialmente de jogadoras que atuam no Exterior. Mesmo assim, o período de atividades na Capital Nacional do Futsal é uma demonstração de fortalecimento do trabalho e planejamento da seleção.
– A seleção é o auge para qualquer atleta. É clichê, mas é o nosso sonho sendo realizado. Jogar aqui e aproveitar essa estrutura de Carlos Barbosa é um prazer e precisamos valorizar a oportunidade – avalia a pivô Emilly, 21 anos, que ainda lamenta a falta de apoio para as mulheres. – É sempre lamentável falar disso. Chegamos nos campeonatos mundiais com títulos, se escreve a história, mas não existe a valorização. Está muito longe do futsal masculino. Acredito que daqui a alguns anos possa ser melhor – resigna-se a jogadora.
Além dos títulos coletivos, a seleção feminina conta com vários destaques individuais. A ala Amandinha, que desembarcou ontem à noite na Serra Gaúcha, foi eleita a melhor do mundo nas últimas quatro temporadas. Em 2017, na eleição do site Futsal Planet, outras três brasileiras estiveram no top 5. Vanessa ficou com a terceira posição, logo à frente das caxienses Renatinha Adamatti, que atua na Itália, e Diana Santos, outra que estará em quadra em Carlos Barbosa.
– Na verdade, ainda não temos muita dimensão sobre o que significa isso. Eu mesmo não consigo dimensionar o que representa estar na lista das melhores do mundo. O que podemos fazer é aproveitar cada minuto na seleção, a experiência da comissão técnica e poder aproveitar da melhor maneira possível no clube e na sequência da carreira – avalia Diana, sobre o futuro.
Ainda sem um calendário definido para 2018, a seleção vive a expectativa da confirmação do primeiro Grand Prix de futsal feminino. Outra possibilidade, essa para 2019, é a realização do inédito mundial com chancela da Fifa.
Perto de casa
A caxiense Diana Santos vivenciará uma experiência única neste domingo. A distância de pouco menos de 50km de Caxias do Sul até Carlos Barbosa oportunizará à família da atleta, que atua no Leoas da Serra-SC, vê-la em ação com a camisa da seleção brasileira.
– Minha família vai estar aí torcendo, não só especialmente para mim, mas para toda a seleção. É uma oportunidade ímpar para toda a região. A seleção é o top da nossa carreira e estou muito feliz por ser convocada e jogar tão perto de casa – comemora Diana.
A atleta de 25 anos, uma das referências da modalidade no país, lamenta apenas que mais pessoas não possam acompanhar o trabalho delas.
– Tenho essa experiência também no meu clube. O que a gente pode fazer é divulgação nas redes sociais próprias. Trabalhamos muito nesse sentido. E sempre procuramos ajudar e atender ao pessoal de TV, de rádios e jornais que nos apoiam, para estarmos sempre juntos. É o mínimo que temos, quem nos mostra para o mundo. Com certeza, ficamos tristes por não ver um Sportv, por exemplo, transmitindo jogos da seleção – destaca a caxiense.
O amistoso será transmitido pelo Facebook da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), por meio da TV Panorama, do Rio.
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