Uma recompensa ao bom trabalho realizado no NBB 10. O ala do Caxias do Sul Basquete/Banrisul Cauê Borges foi eleito, via voto popular, para o Jogo das Estrelas, que acontece neste domingo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Além disso, o público escolheu o camisa 4 do time caxiense para ser um dos titulares da equipe NBB Brasil, que terá como adversário o NBB Mundo.
No confronto na capital paulista, Cauê atuará ao lado de estrelas do basquete nacional, como Alex, do Bauru, Marcelinho Machado — que ficou com a camisa 4 no jogo e fará Borges atuar com a 44 — e Anderson Varejão, do Flamengo. Além disso, o ala fará parte do Desafio de Habilidades.
Vivendo seu melhor momento na carreira aos 27 anos, o jogador falou sobre a fase individual e do time, que já está garantido nos playoffs do NBB. Além disso, destacou o sonho de chegar na seleção brasileira.
Vinda e momento no time
— Estou me sentindo muito feliz, muito contente de poder estar ajudando o time do Caxias. Antes de vir para cá, pensava muita coisa. Mas uma delas era chegar o mais longe possível no campeonato. Todo mundo nos olhava e imaginava que, se o time ficasse entre os 12, estava bom. Hoje, já provamos que é diferente. Podemos ficar entre os oito e surpreender nos playoffs. Isso que é o mais legal.
Jogo das Estrelas
— Fiquei contente. Treinamos e trabalhamos para isso. Poder representar nosso time no Jogo das Estrelas, para quem sabe, futuramente, ir à seleção brasileira. Acho que é o sonho de todo mundo. Quando vi que fui convocado, fiquei muito contente, porque sei tudo que se está fazendo na nossa equipe, e estou colhendo os frutos.
Melhor temporada
— Nos anos anteriores eu não conseguia mostrar muito o meu basquete. Seja porque não tinha muito tempo de quadra ou pelo fato do técnico não dar muita liberdade para jogar. Para atuar bem, precisa de minutos de quadra, de confiança. Neste ano estou tendo as duas coisas e aproveitando bastante. Quando não se consegue isso, o jogador fica frustrado. Você está lá todo dia, treinando e as coisas não ocorrem do jeito que se imagina. Graças a Deus aqui foi diferente. Consegui ter a confiança do Rodrigo (Barbosa, técnico) e da comissão técnica.
Grupo do Caxias Basquete
— Nosso time é uma coisa que é até difícil de falar. Todo mundo é amigo, dentro e fora da quadra. Tem muito time que o pessoal joga junto, às vezes há muito tempo, mas não tem aquela amizade, aquela intimidade. Nosso time faz quase tudo junto. Viemos para o treino juntos, porque moramos próximos. Nos damos muito bem. Isso é uma das coisas importantes para estarmos bem no NBB.
Vida em Caxias do Sul
— Me adaptei muito bem. Caxias me recebeu muito bem. É um pouco diferente a cultura, mas é bom. Vou aprendendo muitas coisas e estou muito feliz aqui.
Reconhecimento na rua
— Às vezes. Em Franca, de onde eu vim, o contato do pessoal era maior, porque tem muitas pessoas em torno do basquete. Aqui é um pouco menor. Apesar de estar crescendo bastante, como foram os jogos no Sesi, onde um deu 2.500 e outro 3.500 torcedores. Isso é muito importante e muito legal para o basquete aqui de Caxias. Mas já tem o pessoal que conhece, para e tira foto. Acho isso legal e importante para o time de Caxias, que quer crescer ainda.
Seleção Brasileira
— Vejo mais perto pelo que está acontecendo nesse momento na minha vida. Mas sei que se eu quiser uma convocação tenho que continuar assim. Não pode ser só uma fase boa e que passa. Tem que seguir por um, dois ou três anos para conseguir uma convocação.
Sequência das boas atuações
— Quando enfrentamos alguém, estudamos o adversário. E eles fazem a mesma coisa. Eles começam a achar um ponto forte, o que costumo fazer, e procuram defender isso melhor. Tive que encontrar outros meios para conseguir ajudar mais o time. E estou conseguindo fazer isso nesta reta final.