A maratona de jogos prossegue na vida do Juventude na Série B. Sem tempo para descanso, o time alviverde chegou apenas no fim da noite de ontem em solo gaúcho, um dia depois de ter empatado em Natal, diante do ABC-RN, em 1 a 1, em duelo válido pela 26ª rodada.
Como o tempo é escasso, o elenco já se reapresenta hoje à tarde em treino preparatório para enfrentar o Paysandu amanhã, no Alfredo Jaconi. Mais do que superar o desgaste físico, o time de Gilmar Dal Pozzo precisa voltar a vencer para seguir sonhando com o G-4.
Usar mais os lados do campo é um dos pontos a melhorar, de acordo com a avaliação do técnico Gilmar Dal Pozzo após os dois últimos empates. Outra situação a corrigir é a questão da posse de bola no ataque.
– No intervalo do jogo, tive de modificar, colocando o Fahel mais posicionado e o Leílson no meio com o Lucas, num 4-1-4-1, pela mudança do ABC. Tomamos um gol isolado pelo lado do campo. Naquele momento, não conseguimos segurar a bola na frente e ter uma aproximação, que era a proposta de jogo no contra-ataque – reconheceu Dal Pozzo.
Na frieza dos números, além da menor posse de bola (44,3% contra 55,7% do ABC), o Ju ainda teve um dos maiores índices de perda da bola em um único jogo, conforme o site Footstats. Ao todo, o time de Caxias do Sul perdeu a bola em 46 oportunidades. Esses números só foram maiores no empate em 1 a 1 com o Náutico, também fora de casa, na 13ª rodada. Além disso, o número de passes certos também segue com retrospecto negativo, num comparativo com seu próprio desempenho. Diante do ABC, foram 187 passes realizados corretamente, aquele em que a bola chega em condições de domínio ou finalização pelo companheiro. Esses números só foram menores em outras quatro partidas.
Para o treinador papo, foi exatamente no passe que o Juventude pecou na hora de investir em contra-ataques, sobretudo nos primeiros minutos do segundo tempo diante do ABC, terça-feira, na Arena das Dunas, em Natal, quando vencia por 1 a 0.
– Quando tomamos o gol, estava com duas substituições para dar força no lado do campo. O Yago cansou e o Wesley Natã teve desgaste físico. Precisávamos reter a bola – explicou.
Time pode ter alterações
Além da volta do zagueiro Micael, que ficou em Novo Hamburgo para acompanhar o nascimento do filho Théo, o Juventude pode ter outras mudanças para o jogo de amanhã. Ainda em Natal, Dal Pozzo citou a desgastante maratona de jogos como mais um adversário a ser batido e, por consequência, não descartou poupar alguns dos jogadores mais desgastados.
– O grupo se doou até o fim. É difícil a sequência, tem a questão da logística. Vamos avaliar esse desgaste antes da partida. Temos vários jogadores que já atuaram em mais de 40 jogos. Existe a possibilidade de não termos o mesmo time – projetou o treinador.
Independentemente de quem entrar em campo, o objetivo é vencer para se aproximar da zona de acesso. Porém, não é esse o discurso do treinador, que prefere frisar a principal meta do ano, se manter na Série B:
- Deixamos bem claro, não vamos mudar o discurso. Precisamos de mais três pontos para conseguir o principal objetivo do clube no ano. É assim que seguiremos trabalhando.