A Rússia espera 3 milhões de turistas na Copa de 2018. Ao contrário da França em 1998, e da Alemanha, em 2006, desta vez os aeroportos serão não só a porta de entrada, mas também o caminho para fazer os deslocamentos entre as sedes do Mundial. Mas é bom se preparar para enfrentar alguns obstáculos, como conferiu a RBS em sua chegada a Domodedovo, um dos dois aeroportos de Moscou, na noite deste domingo.
A primeira impressão na chegada ao Domodedovo é de um aeroporto com pouca sinalização na área do desembarque. No caminho entre a porta de saída do avião e a sala de controle do passaporte tudo é um pouco confuso. Os poucos funcionários não deram conta de atender a todos que buscavam informações.
Dezenas de homens com o passaporte do Uzbequistão na mão trataram de aumentar a confusão se empurrando em busca de um melhor lugar, sem respeitar a fila formada. Em meio ao buruburinho provocado pelos uzbeques, encontrar alguém que fale mais de 10 palavras em inglês não foi tarefa fácil.
Chegando ao saguão, já dá para perceber um pouco a atmosfera da Copa, cuja data de um ano para seu início será comemorada na quarta-feira. Cartazes exibindo o logo do Mundial decoram o ambiente. Em um ponto muito bem localizado, estão instaladas máquinas para que os torcedores imprimam os ingressos comprados para a Copa das Confederações, que começa no sábado.
Uma sala com a presença de voluntários do Comitê Organizador serve de ponto de apoio aos torcedores recém-chegados. Na fila do táxi, encontramos novamente certa dificuldade de comunicação. Poucos motoristas falavam o inglês.
No longo trajeto de 42 quilômetros entre Domodedovo e a região central de Moscou, muitas placas com o logotipo da Copa entram na paisagem de Moscou. Sem o trânsito congestionado que é marca da cidade, o táxi levou 35 minutos até o hotel. Mesmo às portas do verão, a noite era fria. Por volta da meia-noite, fazia 13ºC.
Além do Domodedovo, Moscou oferece como alternativa o Sheremetyevo, outro grande aeroporto da cidade, que recebeuve um investimento de 250 milhões de euros e ganhou novas instalações que melhoraram o serviço e o conforto dos passageiros.
A melhoria nos aeroportos faz sentido. Mesmo que a Copa de 2018 fique concentrada no oeste russo, com apenas uma sede na porção asiática, Ekaterimburgo, será impossível fazer deslocamentos rápidos sem usar avião. Tudo devido ao tamanho continental do país.
Algumas cidades são ligadas por transporte ferroviário de qualidade, como Moscou e São Petersburgo, mas o governo investiu bastante na remodelação dos aeroportos prevendo uma movimentação acima da média. Os terminais dos moscovitas Domodedovo e Sheremetyevo é que devem ser a primeira porta dos milhares de turistas esperados em 2018.