Futebol é momento. Por mais que seja uma frase clichê, resume muito o esporte dentro de campo. Nem sempre um time de galáticos vencerá um adversário bem encaixado. Um coletivo forte pode levar pequenos clubes a grandes feitos.
Em 2017, se tem alguém que pode comemorar é o paredão do Juventude, Matheus Cavichioli. Campeão gaúcho pelo Novo Hamburgo, ele manteve a grande fase na Série B. Após nove rodadas, ele chegou a ficar 449 minutos sem ser vazado e sofreu apenas cinco gols.
O próximo teste de Matheus e do Juventude será no Estádio do Café, neste sábado, às 16h30min, quando o time enfrentará o Londrina. O objetivo do jogador é deixar a primeira derrota na competição para trás e seguir com o grande ano da sua carreira.
– É tudo muito diferente, coisas que nunca tinha pasado. Por vezes fico pensando: “Caramba, será que realmente está acontecendo tudo isso? As premiações pessoais no Gauchão, o título, a chegada aqui, a arrancada e todo esse tempo sem tomar gols”. Com certeza, é o melhor momento da minha vida. E não nego que fico surpreso. Não estou acostumado. Até vir tanto numa sala de imprensa, as pessoas reconhecendo nas ruas. É legal, gratificante – analisa o goleiro.
Quando a fase é boa, a visibilidade aumenta. Outros clubes especulam. Um desses boatos seria o interesse do Flamengo no camisa 1, que acabou negado pelas duas partes.
– A possibilidade de ele (Matheus) vir para o Flamengo não existe. É um bom goleiro, mas não buscamos essa peça no momento – afirma Rodrigo Caetano, diretor executivo do time carioca.
– Diretamente não me chegou nada. Eu fiquei sabendo através da torcida – afirma Matheus.
O foco de Matheus está no time e na grande campanha até aqui. De forma bem simples, ele afirma que não pretende sair do Jaconi até o fim de 2017:
– Pretendo terminar aqui. Quando começo uma coisa gosto de terminar. Seja onde for.
Sem tempo para perder com boatos, Matheus e o Ju se concentram na batalha deste sábado. Um momento de curiosidade para saber como o Ju reagirá após sofrer a primeira derrota.
– Não nos empolgamos quando tivemos os resultados positivos achando que estava tudo certo. Agora não pensamos que está tudo errado. Era algo que iria acontecer em algum momento. Pés no chão, cabeça no lugar e seguimos o campeonato – afirma.