Muitas são as explicações sobre a campanha do Juventude no primeiro semestre. A verdade é que ela está muito aquém do que se imaginava para um time de Série B do Brasileiro e os fatores vão desde a montagem do grupo até a preparação para o Estadual.
O técnico Gilmar Dal Pozzo, durante a coletiva após a derrota para o Caxias, insistiu muito nas inúmeras lesões que aparecem a cada rodada. Só no clássico foram duas: Sananduva e Taiberson. Fora as demais que vieram ao longo da competição.
O Ju iniciou a preparação em dezembro, assim como o Caxias e outros times do Interior. Mas o alviverde teve uma peculiaridade: os jogadores saíram para as festas de fim de ano no dia 21 daquele mês e só retornaram em janeiro. Enquanto os demais clubes trabalharam, pelo menos, 10 dias nesse período.
Este planejamento, montado ainda pela comissão técnica de Antônio Carlos Zago, interferiu na preparação física, que também ficou muito longe do ideal. Os resultados de tudo isso aparecem agora, nas lesões e na falta de intensidade do time. Está cada dia mais lento e previsível.
Por fim, a montagem do grupo. Perdeu peças importantes e não tinha substitutos que respondessem no mesmo nível. Apostar na base é fundamental, mas não se pode acreditar que eles vão chegar e resolver todos os jogos. Faltou as peças para complementar e ajudar na evolução destes jovens. O próprio Sananduva, que é a grande aposta desta temporada, vive seus altos e baixos. Normal.
Problemas não faltam para o treinador do Ju. A montagem de time para Série B, que vai precisar de muitos jogadores, e o clássico Ca-Ju de domingo são os primeiros. O segundo é mais difícil de resolver, porque precisará de intensidade. Falta saber se terá jogadores à disposição e se eles conseguirão suportar 90 minutos tendo velocidade e sangue frio para decidir.