Reformulação em meio a pré-temporada, lesões que, até certo ponto, são surpreendentes, reposição de peças durante a competição, saída de atletas, pressão da torcida. Sobram ingredientes para confirmar a tese. Não tem sido fácil treinar o Juventude em 2017.
Por mais que os torcedores tenham uma dose de razão ao reclamar do baixo rendimento do time alviverde nos seis jogos disputados até aqui na temporada, é preciso pontuar cada um dos itens citados acima. Primeiro, como todos imaginavam, o Juventude perdeu Klaus e não teve condições de manter Roberson. Além disso, ainda emprestou Vacaria e Elias. Mas a base estava mantida e o discurso era de otimismo.
Começaram os jogos e os problemas de lesão. Desde que chegou em Caxias do Sul para vestir a camisa grená, Wallacer nunca tinha sofrido com tal problema. Logo depois, Felipe Lima, Bruninho e Lucas completaram a turma do DM, que ainda pode receber Micael e Tadeu nesta semana. Seria azar?
Ainda no meio do caminho, Hugo decidiu aposentar-se e Anderson Marques pediu para sair. Os que chegaram, como Murilo Silva, Rafael Alves, Diego Souza e Taiberson ou entraram sem as melhores condições ou ainda precisarão encontrar seu espaço com o campeonato em andamento.
Peça-chave do time, o lateral Vidal só voltou agora. Os outros garotos, Caprini, Vencato e Sananduva, precisam de sequência para amadurecerem e ganharem confiança na equipe.
Não são motivos que sirvam como desculpa, até porque o Juventude deveria estar jogando mais e não poderia ter passado pelo fiasco de Murici, mas PC Parente sequer conseguiu esboçar o time titular ideal até agora. E, mesmo sem jogar bem, está no G-4 do Gauchão.
Nas próximas rodadas, com a volta dos lesionados e a possibilidade de utilizar os reforços contratados, o treinador terá os seus grandes testes. Primeiro, pela qualidade dos adversários. Depois, por, enfim, ter a chance de colocar em campo o que tem de melhor.