O Rio Grande do Sul sempre teve bons árbitros. Por vezes, contestáveis quando apitam um jogo da dupla Gre-Nal contra os times do interior. Mas de destaque no cenário nacional. Cito Carlos Simón, que apitou Copa do Mundo, Leonardo Gaciba e, até mesmo, Leandro Vuaden sempre tiveram boa recepção em nível nacional.
Atualmente, o nosso melhor nome é Anderson Daronco, desde 2014 no quadro FIFA. Em todos jogos que presenciei em Caxias do Sul, nesta temporada, ele está acima dos demais colegas de Federação Gaúcha.
Prefiro me ater em dois jogos, para fazer o parâmetro. O primeiro é da arbitragem de Daronco entre Caxias e São Paulo-RG, há três semanas. Chamou a atenção que o jogo fluiu. Algumas faltas, aquelas que os jogadores fazem de tudo para cavar uma bola parada, não foram assinaladas. Com isso, os jogadores desistiram de simular e procurar contato, para jogar. Ainda assim, Daronco teve a partida na sua mão e deu apenas um cartão amarelo. Resultado, um bom jogo de futebol.
Neste domingo, outro jogo do Caxias, mas desta vez contra o Cruzeiro. Comando de Diego Almeida Real. Árbitro que vem evoluindo nos últimos anos. Ao inverso de Daronco, ele apitou todos os contatos. E quando houve força excessiva nas jogadas, não apitou. Para ambos os lados, diga-se. Resultado foi um jogo com menor tempo de bola rolando, muita reclamação dos jogadores e cinco cartões amarelos.
O resumo é muito simples: falta profissionalizar e treinar melhor quem comanda as partidas no Rio Grande do Sul. Contabilizar apenas um árbitro de qualidade é muito pouco para o futebol gaúcho.