Os dois destaques do Gre-Nal 410 vêm da periferia. Quando não encontrava parceiro para jogar, Luan tabelava com as paredes nas vielas de São José do Rio Preto, interior paulista. Órfão de pai desde os quatro anos, aprendeu muito cedo a resolver sozinho seus problemas. Sasha cresceu no Rubem Berta e desde cedo conviveu com a violência do bairro. Começou a correr atrás da bola no Esporte Clube Nacional, cujo objetivo é manter crianças e adolescentes longe das drogas.
Outro ponto em comum entre Luan e Sasha é a vocação para o gol. Jogador mais valorizado do Grêmio, Luan já marcou cinco neste Brasileirão. Sasha tem quatro.
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– É um jogador diferenciado, acima da média. Vinha do futsal e, em menos de seis meses, já estava afirmado no campo – afirma Mabília, primeiro treinador de Luan no Grêmio, no início de 2014.
– Nunca foi preciso pedir para Sasha aprender algo, demonstrava muita vontade e insistência em querer fazer bem. Tinha uma consciência tática já nesta época – destaca o coordenador do Projeto Aprimorar do Inter, Luís Fernando Ortiz.
A janela de agosto, em que empresários fazem milionárias investidas para colocar jogadores brasileiros na Europa, pode levar embora tanto um quanto outro. Campeão inglês, o Leicester oferece 9 milhões de euros (R$ 31,5 milhões) pelos 60% que o Inter detém de Sasha. Ouviu um não, mas promete insistir. O assédio maior sobre Luan é alemão, do Bayer Leverkusen. Mas o atacante também desfruta de cartaz na Espanha e o interesse poderá aumentar durante os Jogos Olímpicos.
*ZHESPORTES