A rivalidade Ca-Ju festejou 80 anos sem o brilho que sua história faz merecer. Na casa grená, Caxias e Juventude ficaram no 0 a 0 na noite de ontem, pela 11ª rodada da Série C. Não fizeram mais do que repetir o placar do primeiro turno e o resultado dos outros cinco clássicos pela Série C: só empates.
MINUTO A MINUTO: veja como foi o clássico Ca-Ju 278
FOTOS: confira os melhores lances do jogo
Ao fim da 11ª rodada, o Ju pode perder a terceira colocação para a Lusa, que entra em campo hoje, mas não sai do G-4. E o Caxias segue afundado no Z-2, agora com apenas mais sete rodadas para buscar uma reversão improvável do cenário de rebaixamento. A partida começou nervosa. Antes dos 20 minutos e de qualquer oportunidade de gol, o árbitro Jean Pierre Lima já havia distribuído dois cartões amarelos para cada lado, por reclamações ou lances ríspidos. Foi após uma chegada mais forte de Itaqui que o grená Reinaldo deixou o gramado, substituído por Léo.
Se por um lado a marcação forte deixava o jogo truncado, por outro proporcionava bons lances de bola parada. Aos 24, Douglas Packer cobrou falta com muito perigo, rente à trave esquerda de Elias, e levantou a torcida grená.
Conforme o Caxias passava a exercer um leve domínio das ações, a providência de Picoli foi reforçar o meio-campo. Com meia hora de jogo, retirou Helder, escalado na meia direita, e mandou a campo Paulo Baier. Mas o último susto da primeira etapa foi dado novamente na torcida alviverde. Bebeto cruzou, a zaga falhou e Vavá só não abriu o placar porque concluiu mal, por cima da meta.
A segunda etapa começou com Jônatas Obina buscando justificar a insistência de Picoli em sua titularidade. Logo a 3 minutos, o atacante girou sobre o marcador e bateu firme, à esquerda de Pitol, que só observou ela ir pela linha de fundo. Era a primeira boa chegada alviverde na partida.
Aos 12, Marcelo Vilar promoveu a estreia de Ricardinho no lugar do improdutivo Negueba. Era a tentativa de reequilibrar um segundo tempo que apresentava pequena melhora do lado alviverde. Mas o clássico deixava muito a desejar. Aos 30, após belo passe pelo alto de Paulo Baier, Vacaria cabeceou com algum perigo, por cima.
Os professores voltaram a recorrer ao banco de reservas para buscar sorte melhor na parte final do clássico. Erik e Zulu entraram no Juventude, Danilinho no Caxias. E foi Erik quem reacendeu o jogo. Aos 35, assustou o goleiro grená com chute da entrada da área. E aos 37, sofreu falta na entrada da área, que Paulo Baier bateu na barreira. Foi só. O Ca-Ju 278 valeu mais pelas provocações sadias nas arquibancadas do que pelo pobre futebol apresentado.
Clássico
Caxias e Juventude ficam no 0 a 0 no Estádio Centenário
Partida pela 11ª rodada da Série C ocorreu na noite deste domingo
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