Valeu a pena apostar. No início de 2015, era difícil de acreditar que Itaqui voltaria a vestir a camisa alviverde. O jogador dependia da renovação de contrato após uma temporada em que atuou muitas vezes com dores e sem conseguir desenvolver seu melhor potencial. O Juventude deu o crédito e recebeu a recompensa no clássico Ca-Ju 276. O volante, que nos últimos jogos atuou como ala esquerdo, marcou, de cabeça o gol da vitória.
- Só eu e minha esposa sabemos o que a gente passou no ano passado, uma temporada quase em vão pelas lesões, alguns diagnósticos terríveis. Depois, retomamos o trabalho de forma apressada. Fiz muito trabalho físico e agora posso dizer que estou bem, condicionado e desempenhando essa função nova. Não tenho palavras para expressar a felicidade - destaca.
Pai da pequena Ana Clara, que completa dois anos em abril, o volante teve um rompimento no ligamento cruzado posterior do joelho esquerdo em 2013. Depois, a lesão ainda evoluiu para um edema ósseo. Após um longo período de recuperação, as dores persistiam em 2014, quando o jogador chegou a ter algumas oportunidades na Série C. A pré-temporada foi de trabalho árduo para ficar à disposição de Picoli. A nova função trouxe liberdade para atacar e, em um lance raro, trazer a explosão de alegria na comemoração do gol.
- Minha característica é de bola parada, do chute de longa distância. Foi meu primeiro gol como profissional de cabeça. Ainda mais por ser um clássico, só pode ser um presente de Deus - diz o jogador.
Agora, Itaqui quer dar sequência no bom momento. O próximo desafio será contra o Grêmio, segunda-feira, na Arena. Claro, com a camisa laranja, que tem acompanhado o time nessa nova fase.
- A gente vai seguir com a camisa laranja. Mas, isso é decisão do clube. O espírito é que temos que manter. Conseguimos trazer para dentro do Jaconi o que tínhamos apresentado fora. O novo esquema favorece, estamos sempre juntos e saímos rápido para o ataque. Esse espírito não pode mais recuar - destaca.
Após um início difícil e a presença na zona de rebaixamento, Itaqui acredita que o Juventude entrou de vez na briga pelas primeiras colocações.
- Zeramos e pegamos um crédito. É sempre difícil vencer um clássico. Sabíamos que iria ser um jogo de detalhe. O ala chegou dentro da área e o Wallacer, de pé esquerdo, cruzou. Acontecem essas situações no clássico. O Juventude está numa situação que merece na tabela, mas não podemos baixar a guarda, até para almejar coisas melhores na competição - finaliza.
Gauchão
Autor do gol no clássico, Itaqui diz que Juventude precisa manter o foco: "Não podemos baixar a guarda"
Equipe de Picoli volta a campo na segunda-feira à noite, contra o Grêmio, na Arena
Maurício Reolon
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