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Campeão da América pelo Atlético-MG, o técnico Cuca deixou de pensar por alguns minutos no atual time para relembrar o início da carreira no futebol profissional, quando era um meia de cabelos encaracolados e vistoso no Juventude.
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Homenageado pelo Pioneiro por ter sido escolhido em votação na internet como um dos meias do século do clube, em concurso cultural no pioneiro.com entre maio e junho deste ano, o treinador se emocionou. Em Porto Alegre no último final de semana para enfrentar o Inter pelo Brasileirão, Cuca se mostrou simpático, brincalhão e orgulhoso pelo reconhecimento.
- Muito obrigado, vou guardar isso para sempre. Peraí, que vou tirar uma foto e mandar agora para as minhas filhas pelo WhatsApp - disse, no primeiro contato, ao mesmo tempo em que trocava mensagens via celular com as filhas Maiara e Natasha, que moram em Curitiba (PR).
Humilde e emocionado, voltou ao passado para falar sobre os dois anos vividos em Caxias do Sul, 1985 e 1986.
- O Juventude representou o meu começo como atleta profissional. Fiz uma temporada boa no Santa Cruz, de Santa Cruz do Sul (RS), e depois o Ju me comprou por meio de Luiz Carlos Festugatto, o presidente do clube na época. E a partir daí, eu aprendi muito, amadureci e casei. O Juventude pagou meu casamento, pagou a festa. O Toigo, dos móveis, me deu toda a mobília do apartamento. Então, para mim foi uma maravilha. Nunca vou esquecer - contou o técnico, casado desde então com a curitibana Rejane.
Ao olhar para o presente novamente, Cuca continuou a falar, emocionado:
- Não tem como esquecer do Toninho Ferro, do Sergio Tomazoni, do Olegário Zago, do Festugatto, todo esse pessoal aí. O Vilson, que morava na frente e que era a minha segunda casa. Enfim, tenho muitas lembranças boas do Juventude. É um lugar que eu guardo com carinho no coração.
Foi no Estádio Alfredo Jaconi que o então meio-campista surgiu para o futebol brasileiro. E da imprensa caxiense ganhou os primeiros elogios.
- Gostava muito do colunista de esportes do Pioneiro Ataíde Ferreira, e também do Dante Andreis, da rádio. Eles me elogiavam bastante - destacou Cuca, hoje com 50 anos.
Dali foi para o Olímpico, onde foi duas vezes campeão gaúcho e uma da Copa do Brasil pelo Grêmio. Inteligente e estudioso como jogador, virou técnico de renome e chegou ao auge agora em 2013, conquistando o maior título da carreira, a Libertadores da América. No final do ano, tem a chance de ser campeão do mundo. E, em meio a tudo isso, torce pelo clube que o revelou e que pagou seu casamento:
- Com a saída da Parmalat, as coisas dificultaram muito. Hoje, a gente vê o Juventude em outra realidade, mas não é a realidade que o Juventude merece e que deve estar. No mínimo, o Ju tinha de estar lutando para subir à Primeira Divisão. Eu torço para que isso possa acontecer o quanto antes.
Valmir Louruz e Mabília também se emocionam
Eles foram fundamentais para o maior título da história do Juventude, o da Copa do Brasil de 1999. Também escolhidos pelos internautas do pioneiro.com para a seleção dos 100 anos do clube, o ex-técnico Valmir Louruz e o ex-meia Mabília também receberam a homenagem do jornal em Porto Alegre e se emocionaram.
- Estou muito contente por esse reconhecimento. O Juventude foi tudo na minha vida - falou Louruz, prestes a completar 70 anos e que deseja voltar ao futebol depois de muito tempo afastado dos gramados.
Marcelo Mabília, 40, é o atual técnico dos juniores do Grêmio. Está envolvido com as disputas da Copa Metropolitana e da Copa Willy Sanvitto.
- Vou guardar em um lugar de destaque na minha casa - afirmou o ex-jogador, ao receber a capa estilizada do Pioneiro.