A tentativa de fazer Caxias do Sul voltar ao cenário nacional do vôlei masculino coincide com os 30 anos de atividade das equipes da Universidade de Caxias do Sul (UCS) na modalidade. E vem justamente de jovens oriundos dos times de base a força para recomeçar.
O primeiro desafio será o Estadual, que começa ainda este mês. No final do ano, a equipe deve participar da Superliga B. Porém, a confirmação no torneio nacional depende de questões financeiras.
Para os primeiros passos na retomada, o time caxiense buscará verbas por meio da Lei de Incentivo ao Esporte (Pró-Esporte/RS), que permite que empresas contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) realizem a transferência dos recursos a recolher para o clube. Após uma demorada parte burocrática, o projeto foi aprovado no início de julho.
Agora, no momento considerado mais difícil, um grupo de representantes do time, que passa a se chamar Vôlei Caxias, está apresentando o projeto para as empresas e algumas boas notícias já começaram a surgir. Respostas positivas e demonstrações de que existem interessados em apoiar a ideia.
- O primeiro objetivo é fechar os patrocínios para o Estadual que está por começar. A UCS voltou a ser parceira e nos abriu as portas para treinamentos e jogos. Vínhamos amadurecendo a ideia de voltar e achamos que ir direto para a Superliga não seria o caminho mais adequado - comenta o presidente da Associação de Pais e Amigos dos Atletas de Voleibol (ApaaVôlei) de Caxias do Sul, Mario Roberto Kreling, pai de Feijão.
A ApaaVôlei, formada há nove anos, é responsável pelas escolinhas e categorias de base que continuaram em atividade, mesmo após o fechamento da equipe adulta. São mais de 100 atletas que disputam competições no Estado e pelo país. E virá justamente da base forjada nos últimos anos o suporte para esse novo desafio.
Entre os atletas mais experientes, jogadores identificados com a cidade. Além do levantador Feijão, o meio de rede Roberto Purificação, o oposto Rodrigo Ceola, o ponteiro Mineiro e o líbero Marquinhos, todos com atuações pela UCS na Superliga. Somam-se a eles jovens talentos como o levantador Fernando Kreling, capitão da seleção brasileira infanto juvenil, de 17 anos.
O técnico será Giovani Brisotto e o preparador físico Áquila Roggia. Para Feijão, que iniciou na UCS com 12 anos, será a tentativa de reviver bons momentos vividos na quadra do Ginásio Poliesportivo:
- Quando estava na escolinha, acompanhava o Giovane, o Nalbert, grandes jogadores. Era um dos que ficavam devolvendo a bola para a quadra. Depois de alguns anos, estava lá enfrentando os caras. Os garotos precisam ter esse espelho de um time adulto.
O vôlei de volta
Jogadores e associação de pais buscam recursos para levar o Vôlei Caxias para a Superliga B
Equipe caxiense disputará o Estadual e marcará retorno do alto rendimento em Caxias do Sul
Maurício Reolon
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