A arbitragem foi o motivo principal das reclamações do Juventude após a perda do título da Taça Farroupilha. Mais especificamente um gol anulado aos 12 minutos do primeiro tempo. Robinho cobrou escanteio e Diogo Oliveira subiu livre para mandar de cabeça para as redes de Muriel.
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O árbitro Márcio Chagas da Silva assinalou uma falta inexistente do meia alviverde no lance. O gol poderia ter mudado por completo a história do confronto.
- Eu estou cansado disso. Vira ano, passa ano, a gente trabalha, trabalha, trabalha e chega na decisão e tem um gol legítimo anulado. É também um prejuízo de dois jogos, onde arrecadaríamos meio milhão de reais - desabafou o presidente Raimundo Demore.
O mais indignado com o lance foi Lisca. Ao final da partida, o treinador saiu em disparada pela porta do vestiário em direção ao juiz, que saía escoltado pela Brigada Militar na linha de fundo do Estádio Centenário.
- O que ele realiza aqui é uma atividade, não é profissional. Está na hora da Federação renovar e profissionalizar os árbitros. Nós nunca vamos ganhar assim, não adianta - revoltou-se Lisca, citando que Márcio Chagas é professor de educação física. - Em Passo Fundo no primeiro turno, o Zulu cobrou um pênalti, errou, e fez no rebote e esse mesmo árbitro marcou uma falta - emendou o comandante, que ainda não esqueceu os oito minutos de acréscimos na final de 2011, quando treinava o Caxias diante do Grêmio.
O goleiro Fernando, que teve uma grande atuação e ainda defendeu o pênalti de D'Alessandro, deu voz aos jogadores e engrossou o coro das reclamações, mas preferiu exaltar a dedicação e a postura do grupo de jogadores.
- A maioria dos pontos que perdemos no campeonato foi por causa da arbitragem. Porém, nossa equipe tem muita qualidade e vai levantar a cabeça. Acho que nosso time tem mais caldo para dar, estamos tentando resgatar o orgulho do torcedor e quando duas mil vozes conseguem abafar 20 mil, chega a arrepiar - declarou o camisa 1, parabenizando os 1,8 mil torcedores que empurraram o Juventude na tarde deste domingo.
