Para onde o Gre-Nal levará Duda Kroeff e Vitorio Piffero?

 




Ninguém está vendo o clássico por este ângulo, mas o Gre-Nal deste domingo pode intensificar o processo político visando às eleições presidenciais no Beira-Rio e no Olímpico, no fim do ano.

No Grêmio, Duda Kroeff já disse que aceitaria concorrer à reeleição.

Eu mesmo o entrevistei e ouvi dele esta afirmação. Depois, houve um certo recuo estratégico. Uma atitude política, para afastar a condição de suposto candidato que poderia prejudicá-lo internamente na condução do Grêmio.

Se for campeão gaúcho, Duda Kroeff muda de patamar no Olímpico. Além de liderar um trabalho consistente de pagamento de dívidas - o condomínio de credores está perto de ser liquidado -, terá uma taça para oferecer.

Alguns dirão que Gauchão é pouco. Pode ser, mas é um título. E se perdesse, como seria? A oposição, seja ela qual for, perderá o discurso de lutar contra uma gestão que nunca ganhou nada.

Se o penta da Copa do Brasil vier eliminando o Santos, então, aí posso garantir: duvido que Duda Kroeff  deixe de concorrer.

No Inter, o cenário é mais complexo.

O grupo político que comanda o clube há dez anos está fracionado. Tudo caminha para três candidatos, cada um por seu movimento interno, acabando com a aliança governista: Mário Sérgio Martins, Giovani Luigi e Pedro Afatato.

E Vitorio Piffero, o presidente do Inter? O que será feito dele? Deixará o Inter? Nada disso. A tendência é que ele fique com a área de patrimônio, para comandar a remodelação do Beira-Rio até a Copa de 2014.

Como se sabe, Piffero é engenheiro. Se Luigi vencer, é o que acontecerá. Mas é possível que, mesmo em caso de vitória de um candidato que não o seu e de Fernando Carvalho, ele seja o vice de patrimônio de qualquer forma. 

Piffero tocou o projeto com todo o zelo e empenho. Conhece o assunto. Além do mais, neste assunto, eventuais brigas políticas não devem interferir. Sem falar que, estando na direção, pode ser chamado a qualquer momento para ajudar em alguma dificuldade com sua experiência.

Há mais questões por trás do Gre-Nal deste domingo do que nossa vã filosofia pode imaginar.